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Burnout x Boreout: entenda a diferença entre as duas síndromes

15 de fevereiro de 2023 / Carreira / por Comunicação Krypton BPO

Segundo a Secretaria da Previdência, 193,6 mil brasileiros foram afastados do trabalho em decorrência de acidentes ocupacionais ou doenças ocupacionais. Essas últimas são definidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como problemas de saúde resultantes da exposição a fatores de risco referentes à atividade laboral. E é nessa categoria que as síndromes de burnout e boreout se encontram, mais especificamente nas doenças ocupacionais psicossociais.

Ambas complicações citadas afetam a saúde mental de funcionários e estão estritamente relacionadas à rotina de trabalho, diferentemente de outros problemas de ordem mental que podem ser desencadeados por outras razões que não necessariamente a vida profissional.

Apesar das síndromes de burnout e boreout serem uma realidade muito presente nas organizações atualmente, estamos aqui para dizer a você que é possível, sim, reverter esse quadro e até mesmo preveni-lo. Portanto, se você está enfrentando esse problema na empresa na qual atua, continue com a gente e aprenda a como proceder diante dessa situação.

Neste artigo, você verá:

Quais as diferenças entre burnout e boreout?

  • Burnout
  • Sintomas
  • Prevenção e tratamento
  • Boreout
  • Sintomas
  • Prevenção e tratamento

Vamos lá?

Quais as diferenças entre burnout e boreout?

Burnout

Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, a síndrome de burnout é resultado do estresse crônico no trabalho devido ao acúmulo de tarefas, excesso de responsabilidades e alto nível de exigência e pressão em meio a uma alta demanda de trabalho.

Sintomas

Esse distúrbio apresenta tanto sintomas físicos quanto mentais. Os primeiros são representados pelos seguintes indícios:

  • cansaço;
  • dor de cabeça;
  • enxaqueca;
  • insônia;
  • pressão alta;
  • problemas gastrointestinais;
  • tensão muscular.

Quanto aos sintomas de ordem mental, podemos citar:

  • ansiedade;
  • estresse;
  • baixa autoestima;
  • baixa produtividade;
  • cansaço mental;
  • depressão;
  • dificuldade de concentração;
  • irritabilidade;
  • frustração e desmotivação em relação ao trabalho.

Por conta de todas essas questões, a síndrome de burnout foi reconhecida como doença ocupacional psicossocial no início de 2022.

Prevenção e tratamento

Como você pôde perceber, a síndrome de burnout está relacionada a alta carga de trabalho, exigência e pressão sobre o colaborador. Nesse sentido, a forma de prevenir essa doença consiste em treinar as lideranças para que elas identifiquem se há empregados com sobrecarga de tarefas e prazos curtos para entregá-las, a fim de que a situação seja reparada.

É preciso, ainda, instruir os líderes a desenvolverem o sentimento de empatia e reconhecerem os bons resultados obtidos, mas também o esforço que o profissional dedica para melhorar a sua performance que antes estava abaixo do esperado, de modo que ele perceba o seu crescimento e mantenha-se motivado a continuar. Além disso, vale destacar que as lideranças devem incentivar o trabalho em equipe e não incitar a competitividade entre os colaboradores.

Ademais, o setor de Recursos Humanos deve investir em pesquisas de clima organizacional e satisfação dos funcionários periodicamente, para identificar com antecedência indícios comportamentos e pensamentos relacionados ao referido distúrbio.

Conjuntamente, é interessante conscientizar os trabalhadores da empresa a partir de campanhas que visem alertar e informar sobre as doenças ocupacionais, seus sintomas, formas de prevenir e tratamento.

Outra forma de estimular o cuidado com a saúde mental é oferecer um bom plano de saúde ou criar um benefício específico, caso a organização na qual você trabalha ainda não disponha de nenhuma das duas opções.

Por fim, sempre que identificarem que um funcionário está apresentando sintomas de burnout, ele deve ser orientado a procurar por ajuda especializada e realizar o tratamento adequadamente.

Caso o empregado apresente sintomas leves, o tratamento consistirá em consultas ao psicólogo, o qual provavelmente o ensinará práticas para atenuar os sintomas da doença, exercícios físicos e a organização da rotina, de modo que o paciente descanse e desfrute de momentos de lazer.

Agora, se o colaborador apresentar sintomas graves, ele precisará do acompanhamento de um psiquiatra para receitar as medicações necessárias. Após o diagnóstico, o profissional tem o direito à licença médica, recebimento do salário e, em casos muito graves, aposentar-se por invalidez.

Boreout

A síndrome de boreout, em contra partida, é resultado do baixo nível de exigência e da ociosidade devido à baixa demanda de tarefas ou da realização de atividades monótonas, levando o profissional a um estado de constante tédio no trabalho. Inclusive, a expressão boreout tem origem na palavra “bored”, que significa entediado.

Cabe citar que essa complicação resulta no presenteísmo, ou seja, o funcionário está presente fisicamente na empresa, mas não mentalmente.

A causa dessa doença está relacionada aos seguintes fatores:

  • superqualificação do profissional em relação ao cargo ocupado;
  • expectativas profissionais superiores ao que o cargo pode oferecer;
  • baixa perspectiva de crescimento dentro da empresa;
  • falta de reconhecimento por sua dedicação;
  • limitações para propor ideias e melhorias.

Sintomas

Como é possível observar, a síndrome de boreout é o completo oposto do burnout. No entanto, ambos os distúrbios resultam em estresse, dificuldade de concentração, baixa autoestima, baixa produtividade, frustração e falta de motivação no trabalho, além de situações mais graves, como ansiedade e depressão.

Prevenção e tratamento

As síndromes de burnout e boreout compartilham de algumas estratégias de prevenção comuns, como o treinamento das lideranças para identificarem circunstâncias que podem desencadear no boreout, estarem abertas para ouvir novas ideias e manterem os colaboradores engajados.

Em relação às ações diretamente relacionadas ao RH, as pesquisas de clima organizacional e satisfação dos funcionários, as campanhas de conscientização e o plano de saúde ou benefícios específico podem contribuir igualmente com a síndrome de boreout, mas não apenas elas.

É fundamental que a equipe de RH realize bons processos de recrutamento e seleção, a fim admitirem profissionais com perfis correspondentes aos cargos assumidos, e oferecer um bom plano de carreira.

Por fim, o colaborador que apresentar sintomas relacionados à síndrome de boreout também devem ser encaminhados para o atendimento especializado e orientados a seguir o tratamento proposto, o qual pode consistir em terapias com o psicólogo e práticas para superar os sintomas ou terapia com psiquiatra para prescrição de medicamentos.

Uma diferença entre o burnout e boreout é que a última não foi reconhecida oficialmente como uma doença ocupacional, de modo que não se aplicam os mesmos direitos concedidos para quem é diagnosticado com burnout.

Em virtude do que foi dito, esperamos que você tenha grandes insights e consiga elaborar uma política de enfrentamento às síndromes de burnout e boreout, bem como outras doenças ocupacionais. Caso você tenha ficado com alguma dúvida sobre o conteúdo, sinta-se à vontade para compartilhá-la conosco nos comentários para que possamos esclarecê-la!

Fonte: Gupy

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