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Consumo nacional de aço deve dobrar em dez anos

25 de agosto de 2022 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

Média no País pode atingir 230 quilos por habitante com ambiente favorável a aportes.

O consumo de aço por habitante do Brasil deverá dobrar dentro de uma década. Hoje, cerca de 125 quilos do metal por habitante são consumidos no País, enquanto a média mundial gira em torno de 230 quilos. A previsão do Instituto Aço Brasil é que esse número chegue a 250 quilos em aproximadamente dez anos, considerando um ambiente mais propício para investimentos, com mais geração de emprego e renda, fomentado principalmente pelas reformas estruturantes.

As informações são do novo presidente do Conselho Diretor da entidade, Jefferson De Paula, que é também presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração Latam. Em sua primeira entrevista à frente do instituto, De Paula disse que os aportes de R$ 52,5 bilhões projetados pelas siderúrgicas até 2026 levam em conta esse aumento.

O dirigente foi empossado durante a cerimônia de abertura do Congresso Aço Brasil 2022, que reúne integrantes da cadeia do aço em São Paulo, em vistas a debater questões caras ao desenvolvimento do País e da indústria siderúrgica. Sérgio Leite, presidente do Board Usiminas, tomou posse como vice-presidente do conselho da entidade.

De Paula também enfatizou que sua gestão será de continuidade. E que permanece o foco em ajudar e dar suporte e ideias aos governos junto de outras entidades de classe em prol do desenvolvimento do Brasil e do próprio setor.

Ele lembrou que embora o consumo de aço no Brasil tenha crescido nos últimos anos, ainda é muito baixo. Por isso o objetivo de auxiliar os governos principalmente no que se refere às reformas estruturantes, que é o que o setor acredita que fomentará o desenvolvimento sustentável do País, estimulando investimentos em infraestrutura e habitação.

“Temos uma estimativa de R$ 52 bilhões em investimentos nos próximos anos e esse valor decorre da aposta das empresas no Brasil. Acreditamos que, nos próximos dez anos, devemos dobrar o consumo de aço no País. Avaliamos que já tivemos avanços importantes, algumas reformas estruturantes que não foram ideais, mas foram boas, que o Brasil está mudando e que as reformas tributária e administrativa virão para completar esse ciclo de fomento a mais investimentos, emprego e renda”, afirmou.

O executivo assegurou que tamanho otimismo independe dos resultados das eleições e que a aposta das empresas – como a que ele preside, a ArcelorMittal, está no Brasil e nas oportunidades que o País oferece. “A ArcelorMittal está há 100 anos no Brasil e pretende ficar mais 100, independentemente do governo”, argumentou.

E também detalhou que os recursos contemplam diferentes frentes, tais como aumento de capacidade, melhoria de tecnologia e processos e aumento do mix de produção. Segundo ele, as cifras vislumbram o aumento de consumo de aço projetado no decorrer da próxima década. “Os investimentos permitirão não apenas aumento da capacidade, mas em valor agregado e incorporação de mais modernidade em nossas plantas”, disse.

Questionado sobre o desempenho do setor, que, no ano passado, bateu recordes de produção, vendas, consumo e resultados financeiros, o novo Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil lembrou que a forte base de comparação de 2021 fará a entidade rever os índices projetados para o corrente ano. Mas assegurou que os resultados serão “muito bons”.

Neste sentido, o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, voltou a dizer que os números excepcionais de 2021 elevaram demais a base de comparação. “Se mantivéssemos os 2,5% projetados para as vendas domésticas de aço chegaríamos a 23 milhões de toneladas. Se tivermos uma queda de 7% sobre o ano passado, ainda assim, estaríamos 4% acima da média anual apurada no decorrer da última década”, revelou.

Fonte: Diário do Comércio

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