Please enable JS

Blog

juros

Inadimplência das empresas de BH recua pela 1ª vez desde 2013

19 de janeiro de 2018 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

As empresas de Belo Horizonte começaram o ano com um pequeno alívio nas finanças. A inadimplência entre as pessoas jurídicas registrou queda de 0,52% em dezembro de 2017 no comparativo com o mês anterior. Mesmo com o recuo sendo pequeno, esta é a primeira queda registrada desde 2013, segundo levantamento divulgado ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). No comparativo anual – dezembro 2017/dezembro de 2016 – houve aumento de 6,56% na inadimplência. Ainda assim, o dado é considerado positivo, pois indica redução no ritmo de alta: no comparativo dezembro 2016/dezembro 2015, o crescimento havia sido de 9,75%.

De acordo com a economista da CDL/BH, Ana Paulo Bastos, o avanço de alguns indicadores macroeconômicos possibilitou a queda na inadimplência entre as empresas da Capital. Ela explica que a inflação controlada e a queda dos juros levam a aumento do rendimento real e da renda em circulação, o que impacta positivamente na receita das empresas. Além disso, a queda nas taxas de juros facilita a negociação e barateia as dívidas.

Por fim, a queda na inadimplência dos consumidores – também apontada pela mesma pesquisa – impacta indiretamente nas empresas. Com menor parte da renda comprometida com o pagamento de contas, as pessoas passam a poder direcionar seus ganhos para o consumo.

De acordo com o levantamento da CDL-BH, o setor de serviços é o que mais vem sofrendo com a inadimplência e registrou alta de 8,76% em dezembro no comparativo com igual mês de 2016. Ana Paula Bastos explica que o setor ainda sente os efeitos da recessão, pois em período de aperto econômico, as famílias costumam cortar a alimentação fora de casa, passeios em bares e restaurantes, frequência nos salões de beleza, viagens, entre outros. Segundo ela, a medida que o cenário econômico vai melhorando, o poder de compra tem aumento, o que leva ao retorno da contratação de serviços.

Os outros setores que tiveram alta na inadimplência foram comércio (6,21%) e indústria (4,16%). Já os que apresentaram retração foram: agricultura (-10,20%) e outros setores (-7,69%).

De acordo com o levantamento da CDL, o número de dívidas para cada empresa também apresentou redução, com recuo de 0,98% na base comparativa mensal (dezembro 2017/novembro2017).

Na comparação de dezembro do ano passado com igual mês de 2016, a alta foi de 5,14%. Aqui, também houve queda no ritmo da alta, sendo o menor percentual de crescimento desde 2014. A média do número de dívidas das empresas, em dezembro de 2017, era de 2,02, enquanto em dezembro de 2016 era de 2,05.

Consumidores – No caso dos consumidores de Belo Horizonte, a queda da inadimplência foi mais acentuada e ocorreu tanto na base mensal quanto na anual. De acordo com Ana Paula Bastos, nesse caso, a inflação controlada e queda de juros também interferem positivamente. Há ainda a liberação da renda extra do 13º salário.

Na comparação de dezembro de 2017 com o mês anterior, houve redução de 1,47% na inadimplência. Já na relação dezembro 2017/dezembro 2016, a redução foi de 3,26%.

O levantamento da CDL-BH apontou que a inadimplência entre os mais jovens – com idade entre 18 e 24 anos – apresentou queda de 25,96%. Nessa faixa etária estão os menos endividados. A explicação é a entrada tardia no mercado de trabalho e, sem renda, esse público não consome. Já entre as pessoas com idade de 50 a 84 anos – que são as mais endividadas – houve alta de 1,02%. É nessa faixa etária que se concentram os responsáveis financeiros pelas famílias, sendo que alguns contam apenas com a renda da aposentadoria. Levando-se em conta o gênero, a inadimplência caiu 2,79% entre as mulheres e 4,32% entre os homens.

Entre os consumidores, a redução foi ainda mais significativa com relação ao número de dívidas em atraso por pessoa. No comparativo dezembro 2017/novembro de 2017, a queda foi de 2,95%. Já no comparativo anual (dezembro 2017/dezembro 2016), houve queda de 7,39%.

Fonte: Diário do Comércio

Posts relacionados

abc