ESG, sigla derivada das palavras em inglês Environmental, Social and Governance, e que define o conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança adotadas por uma organização. O termo, que foi  criado em 2004 numa publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins, se popularizou nos últimos anos e vem ganhando espaço nas conversas, debates e planejamentos das empresas e governos no Brasil e no mundo.

Mais recentemente, a famosa sigla do mundo corporativo ganhou uma nova letra, o ‘E’, de “Economic”. A mudança busca lembrar sobre a importância do aspecto econômico para o conceito ESG. Não que a economia não estivesse antes presente, mas explicitar isso é importante para que empresas, governos e toda a população entendam que práticas ambientais, sociais e de governança não só impactam, como integram essencialmente a atual dinâmica da economia global.  Até porque, como já dizia James Carville Jr., famoso estrategista político nos Estados Unidos, “It’s the economy, stupid”. E obviamente o stupid no caso não foi usado para ofender qualquer interlocutor e muito menos o leitor que me prestigia, mas sim para enfatizar a importância que tem a economia na vida de todas as nações.

Uma economia como a Colaborativa, que gera valor com aquilo que se tem, sem a necessidade de produzir mais, que promove o compartilhamento, atende às necessidades e que preserva e racionaliza os recursos naturais. Permutas, aluguel e compartilhamento de bens de alto valor agregado, como os imóveis, são práticas econômicas já conhecidas, mas que no mundo globalizado com as plataformas digitais ganha uma nova roupagem e muito mais força.

E dentro dessa filosofia da EESG, vale fazer um justo reconhecimento ao atual governo federal, que além do mero discurso, vem lançando mão de ações e iniciativas que de fato trazem para dentro da economia a sustentabilidade ambiental e social. Exemplos disso é a recente criação do Plano de Transição Ecológica, elaborado pelo Ministério da Fazenda; e o lançamento de títulos públicos com selo ESG e ligados à área ambiental e social. Nessa nova e necessária forma de ver e entender a economia mundial, colocando à frente do lucro pura e simples, o bem-estar social das pessoas e o meio ambiente, dizer que o Brasil é protagonista é mais do que um discurso, é sim um caminho lógico e totalmente possível. Basta saber se todo mundo está entendendo isso.

Fonte: Administradores