Mais do que nunca, é hora de organizações adotarem as metodologias ágeis
Já parou para pensar nos desafios que enfrentamos para colocar um produto de sucesso no mercado?
Em primeiro lugar, ele precisa ser o que chamamos de market fit. Em segundo, não há muito espaço para empresas que passam meses e meses entre a ideia e a concepção propriamente dita.
Mais do que nunca, é hora de organizações adotarem as metodologias ágeis (Agile).
Para contextualizar, a abordagem Agile surgiu no início dos anos 2000 para sanar as falhas do então método utilizado para desenvolvimento de software: o Waterfall. Em uma tradução para o português, Waterfall seria “cascata”, o que significa que as entregas seguem uma sequência. Acontece que esse método sequencial passou a não mais dar conta de requisitos de projetos modernos. Isso significa que a abordagem Waterfall não é mais utilizada?
A resposta é “não”. Ainda existem empresas que, para conceberem e gerirem um produto, ainda seguem o efeito cascata: de uma ideia nasce um plano de negócios, depois um roadmap, em seguida os requisitos para, então, fazerem o design, construírem, testarem e enviarem o produto para produção. A partir de então, ele vai para o mercado, e aí pense no que acontece quando percebe-se que o tal produto não é exatamente um market fit?
Nesse caso, aqueles meses desperdiçados (sim, porque eles realmente foram desperdiçados) não servem para nada a não ser para o aprendizado de que é preciso mudar. Portanto, para ajudar você a mudar um pouco a mentalidade Waterfall, separei algumas dicas para a criação de produtos de sucesso.
1 – Defina um OKR
OKR é acrônimo para Objectives and Key Results. Trata-se de uma abordagem simples, mas que cria engajamento em torno de metas mensuráveis. Por tratar de Objetivos e Resutados-chave, temos que:
John Doer foi quem introduziu os OKRs na Google. Ele tem um jeito bem didático de explicar a aplicação dos Objectives and Key Results. Doer criou a fórmula de metas abaixo:
Eu vou (Objetivo) medido por (conjunto de Key Results).
Para simplificar um pouco mais, vamos imaginar um OKR assim:
Objetivo: Implementar novas features no produto X antes de 10 de dezembro
Resultados-chave:
Perceba que o OKR acima possui 3 maneiras de medição, todas curtas. Isso porque o OKR é uma abordagem ágil, ou seja, utiliza ciclo de metas curtos e que são rapidamente adaptáveis a quaisquer mudanças.
2 – Seja ágil para comercialização
A velocidade de comercialização é um fator crítico para o sucesso. Se o seu processo de desenvolvimento de novos produtos levar 1 ano, mas o prazo de seu concorrente for 4 meses, é quase certo que você ficará para trás. Independentemente de quão bom for seu produto, o seu concorrente vai sempre chegar na frente.
Uma dica aqui é adotar o MVP Sprint. Trata-se de uma metodologia que considera o desenvolvimento do produto e como ele será testado no mercado. Sua principal finalidade é definir o MVP (Minimum Viable Product), ou, em português, Produto Mínimo Viável.
Observe que MVP não é o produto pronto, mas sim um protótipo. Portanto, deve ser um produto com funcionalidades simples, a fim de que possa ser entregue rapidamente. Além disso, deve agregar valor e gerar receita e possuir funcionalidades.
Para entender melhor sobre o conceito MVP, podemos quebrá-lo em três partes:
O MVP Sprint compreende cinco etapas:
Portanto, MVP significa encontrar o equilíbrio na balança: um produto que agregue valor ao cliente, com o menor número de recursos no menor tempo possível.
3 – Considere o Design Sprint 2.0
Abordagem ágil tem a ver com priorizar itens de trabalho, além de realizar e entregar itens em períodos mais curtos de iterações altamente focadas. O Design Sprint trabalha com esta ideia, pois a metodologia oferece um atalho de aprendizado. Ela prega o fim de horas e horas de desenvolvimento gastas para lançar um produto para só depois entender se a ideia é boa ou não. O método tem tudo a ver com o Lean Startup porque parte da premissa que hipóteses devem ser testadas para acelerar o aprendizado.
4 – Por fim: não esqueça da comunicação
Faltas ou falhas de comunicação significam desperdício de tempo. Por isso é vital que todos os envolvidos se entendam e que estejam em sincronia. As metas e as expectativas do projeto devem estar bem alinhadas. Além disso, é fundamental ter clareza do que os stakeholders querem, para que não haja nenhum mal entendido que prejudique o resultado final.
Marco Antonio Silva é co-fundador do Garage Criativa
Fonte: Administradores
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