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Como ajudar jovens a desenvolverem uma mentalidade profissional

10 de janeiro de 2018 / Carreira / por Comunicação Krypton BPO

Existe um abismo entre o que líderes esperam de recém-graduados e o que essas novas contratações oferecem. Em um estudo do Hay Group com 450 líderes de negócios e 450 recém-graduados da Índia, Estados Unidos, China e outros países, 76% dos líderes responderam que trabalhadores de entrada e recém-graduados não estão prontos para o trabalho.

Na maioria dos casos, os contratados são inteligentes, ambiciosos e tecnologicamente experientes. Eles provaram sua habilidade para concluir o trabalho. Eles são comprometidos e passionais quando o assunto é galgar posições. Então o que falta para esses novos profissionais?

Eles precisam de habilidades intangíveis, traços e comportamentos que caracterizam nossos relacionamentos com os outros. Especificamente, os novos graduados não estão atribuindo valor suficiente ao lugar da inteligência emocional no ambiente de trabalho. E nós sabemos que essas qualidades são necessárias para motivação forte, foco sustentado e colaboração produtiva. À medida que estruturas organizacionais evoluem e a globalização acelera, essas habilidades intangíveis estão se tornando mais cruciais do que nunca.

Agora aqui está o obstáculo. A maior parte dos novos graduados e contratados não se dão conta do quanto os líderes valorizam essas habilidades.

Os fatos
Considere as estatísticas abaixo sobre recém-graduados na força de trabalho.

  • 69% acreditam que as habilidades interpessoais atrapalham a execução dos seus trabalhos.
  • 70% acreditam que suas habilidades técnicas são mais valiosas do que habilidades interpessoais.

Enquanto isso, líderes de negócios e diretores de RH relatam o oposto.

  • 90% acreditam que empregados com fortes habilidades interpessoais entregam um melhor impacto comercial.
  • 85% veem as habilidades técnicas como uma necessidade básica para os novos contratados, enquanto habilidades intangíveis são aquelas que os diferenciam.
  • 91% acreditam que empregados com habilidades interpessoais refinadas avançam mais rápido.

Quando as organizações conduzem questionários sobre habilidades que fazem alguns empregados brilharem, elas geralmente concluem que competências baseadas em inteligência emocional importam mais do que aquelas baseadas em aspectos técnicos ou racionais. É evidente que um intelecto forte e experiência relevante são capacidades básicas – o necessário para conseguir um emprego. Mas não são elas que fazem uma pessoa subir.

Por exemplo, Claudio Fernández-Aráoz, um especialista global em contratações, realizou um estudo de líderes nível-C (CEOs, CFOs, COOs, etc.) que foram demitidos. Ele concluiu que a maioria foi contratada por sua inteligência e vasta experiência, mas acabaram demitidos por falta de inteligência emocional.

As qualidades de inteligência emocional se manifestam de várias maneiras. Aqui estão algumas características de uma pessoa com uma robusta reserva de habilidades intangíveis.

Colaboram bem em equipe
Como um líder de negócios uma vez disse a um consultor da McKinsey, “eu nunca demiti um engenheiro por ser um mau engenheiro, mas demiti engenheiros por não saberem trabalhar em equipe”.

Adaptáveis
A habilidade de se ajustar às mudanças significa que a pessoa sabe se auto-gerenciar.

Interage facilmente com pessoas diferentes
Uma pessoa emocionalmente inteligente terá interações fáceis com colegas de trabalho, consumidores e clientes de diferentes grupos ou culturas.

Apto para raciocinar sob pressão
Isso requer um mix de autoconsciência, foco e rápida recuperação de estresse, o que coloca o cérebro em um estado ótimo em circunstâncias difíceis.

Comunicador lúcido e atraente
Um comunicador efetivo é um grande ouvinte e tem a habilidade de entender como outra pessoa pensa. Esse é um aspecto de empatia cognitiva.

A solução
Como você equipa recém-graduados com essas habilidades?

Promova autorregulação
Autorregulação é um aspecto fundamental de inteligência emocional. Se você aprende a gerenciar suas emoções, você irá se recuperar mais rápido do estresse. Isso significa que quando você sente uma emoção forte, você estará consciente disso, pode nomear isso, e deixar passar sem reagir instantaneamente. Agir dessa maneira permite restabelecer o foco com a mente mais ágil e o corpo mais relaxado. E um estado de alerta relaxado é ótimo para a performance.

Para isso, recomendo métodos de autogerenciamento emocionais, como uma sessão diária de meditação. Isso ajuda de algumas maneiras. Primeiro, reinicia seu cérebro para que você não seja provocado com facilidade e frequência por outras pessoas. Segundo, treina seu cérebro para se recuperar rapidamente. Terceiro, fornece uma ferramenta que pode ser usada imediatamente em momentos de forte estresse.

Ensine gestão do tempo
Ofereça aos seus novos empregados métodos específicos de gestão do tempo. Um ambiente de trabalho profissional é único, e é crucial que eles não se tornem muito dispersos.

Aqui vai uma dica de minha preferência. Quando você for interrompido, pratique se perguntar: isso pode esperar? Posso deixar de lado? Você vai descobrir que a resposta quase sempre é ‘sim’. Em seguida, comunicar isso com boa vontade é um grande treinamento prático. Líderes precisam ter a capacidade de decidir o que importa agora e deixar isso claro… gentilmente.

Crie uma cultura de feedback
É importante que novos recrutas se sintam confortáveis em uma cultura de feedback, onde eles dar e receber opiniões – o que inclui, é claro, tanto positivas quanto negativas. O Hay Group recomenda que você comece construindo autoconsciência nos recém-graduados desde o começo; dê a eles feedback da performance de suas entrevistas de emprego.

Crie um programa de mentoria
O melhor em ter um mentor é ouvir sobre os erros que eles cometeram ao longo do caminho. É uma grande oportunidade para recém-graduados conhecerem histórias interessantes de carreiras, fazer conexões e praticar comunicação face a face. Isso lhes dará também uma oportunidade para ver outro aspecto da organização, oferecendo uma perspectiva mais ampla.

Treine-os
A melhor notícia aqui é que inteligência emocional pode ser ensinada. Já foi demonstrado que habilidades interpessoais, gerenciamento do estresse e até empatia podem ser aprendidos, com resultados rápidos. Em seu programa de desenvolvimento de novos contratados, o Hay Group oferece dicas, feedback e exercícios para fazer exatamente o que foi dito.

Essas habilidades intangíveis não apenas irão turbinar a performance e o potencial no trabalho, mas também melhoram os relacionamentos e os níveis de felicidade fora do trabalho.

Lembre-se que habilidades de autodisciplina, resiliência, empatia, colaboração e comunicação são competências baseadas em inteligência emocional que distinguem profissionais de alto desempenho. Uma organização que ressalta a importância da inteligência emocional em seus novos recrutas irá atrair o tipo de talento que sabe como permanecer engajado, adaptar-se e se sobressair muito mais rápido do que empregados que têm apenas experiência.

Fonte: Administradores

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