O impacto que temos como comunicadores é resultado do efeito cumulativo de vários elementos de nossa entrega

A diferença principal entre palestrantes confiantes e aqueles que parecem nervosos está em como eles se apresentam de forma relaxada e conversacional. Jay Sullivan, em artigo da Forbes, oferece dicas valiosas para criar um tom de conversa em suas apresentações, independentemente do tamanho da audiência.

1. Evite a palavra “apresentação”

Cada vez que você diz “Estou aqui para dar uma apresentação sobre X” ou “Nesta apresentação, você verá…”, está enfatizando a natureza formal e estruturada da interação. Ninguém quer ser “apresentado”. Em vez disso, use uma linguagem que enfatize uma troca natural e conversacional. Diga “Estamos aqui hoje para falar sobre X” ou “Hoje vou compartilhar algumas ideias sobre Y”. Isso sugere um engajamento mais natural com o público, mesmo que sua palestra não seja realmente um diálogo.

2. Evite mencionar “slides”

Se você estiver usando PowerPoint, evite falar sobre os “slides”. Em vez de falar sobre o meio, foque nos conceitos. Troque “Este slide mostra…” por “Aqui vemos…”. Evite dizer “No slide que mostrei há pouco”, e diga “Há pouco, discutimos X. Aqui está como isso impacta Y e Z”. Conversas casuais não envolvem geralmente apresentações de slides. Mesmo que sua apresentação complexa sobre exposição fiscal, questões de cadeia de suprimentos ou novas regulamentações de saúde exija slides, não destaque o fato de que o ambiente é formal e estruturado.

3. Evite usar monitores de confiança

Em eventos de grande grupo, os palestrantes costumam ter um “monitor de confiança”, uma tela de computador que mostra o slide exibido no grande telão. Evite usar esses monitores. Nossa inclinação natural ao usar um monitor de confiança é gesticular para o ponto que estamos discutindo no momento.

No entanto, estamos apontando para um ponto no monitor que o público não pode ver, criando uma desconexão. Em vez disso, posicione-se ao lado do telão grande e gesticule para o ponto no slide que está discutindo, para que o público saiba exatamente qual ponto está sendo abordado.

4. Crie interatividade de forma proativa

Não diga ao seu público “Eu quero que isso seja interativo”. É sua responsabilidade fazer a interação acontecer. Se você estiver apresentando a um grupo onde é possível criar um engajamento verdadeiro, faça isso em etapas para “aquecer” a audiência. O primeiro estágio de engajamento é fazer uma pergunta relevante para seu tópico que a maioria do público possa responder afirmativamente. “Quem aqui já comprou um carro novo?” ou “Quantos de vocês já esperaram mais de 5 minutos em uma linha de atendimento ao cliente?” Levante a mão ao fazer a pergunta para indicar como o público deve responder.

O segundo estágio é chamar uma das pessoas que levantou a mão e fazer uma pergunta específica e simples. “Quem comprou um carro novo recentemente? Que tipo de carro você comprou?” O terceiro estágio é fazer uma pergunta mais pessoal. “Como você se sentiu ao ouvir aquelas propagandas?” Isso cria um diálogo verdadeiro e significativo com a audiência.

5. Use gestos

Quando falamos em um ambiente informal, todos usamos gestos com as mãos, alguns mais do que outros, mas todos usam. Quando tentamos conter nossos gestos, dois problemas surgem. Primeiro, parecemos rígidos e artificiais, menos genuínos. Segundo os gestos ajudam a dissipar a energia nervosa que sentimos ao falar em público.

Quando tentamos minimizar os gestos, essa energia nervosa se manifesta de outras formas, como batendo o pé, mexendo com as anotações ou inclinando a cabeça de forma exagerada. Deixe os gestos fluírem naturalmente; é improvável que sejam grandes ou distraíam demais.

O impacto que temos como comunicadores é resultado do efeito cumulativo de vários elementos de nossa entrega. Essas sugestões sozinhas não farão de você um apresentador excelente, mas contribuirão para o pacote geral que você apresenta quando fala para grandes audiências.

Fonte: Administradores