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Como transformar suas relações de trabalho, segundo Sofia Esteves

21 de novembro de 2017 / Carreira / por Comunicação Krypton BPO

Há algum tempo tenho trazido para esse espaço as mudanças pelas quais o universo do trabalho tem passado. Cada vez mais, as pessoas querem ser felizes e não estão mais dispostas a se contentarem com a promessa de felicidade e isso vale tanto para a vida pessoal quanto para a profissional.

Na pesquisa Carreira dos Sonhos, deste ano, conduzida pelo Grupo Cia de Talentos, já foi possível levantar dados que demonstram que a busca, hoje, é por relações profissionais marcadas pela confiança, ou seja, os profissionais buscam líderes e empresas que tenham coerência entre fala e prática: falar o que se faz e fazer o que se fala. Outro estudo também aponta para o mesmo horizonte: em sua pesquisa global de CEOs, de 2016, a PwC informou que 55% dos CEOs acham que a falta de confiança é uma ameaça ao crescimento das organizações.

Mas, afinal, como aumentar o nível de confiança dos profissionais? O neurocientista Paul J. Zak, diretor-fundador do Center for Neuroeconomics Studies e professor de economia, psicologia e gestão da Claremont Graduate University, aponta um caminho para essa resposta. Segundo ele, somos naturalmente inclinados a confiar nos outros, porém, nem sempre. A ocitocina, hormônio produzido no cérebro, é a responsável por reduzir o nosso medo em confiar. No entanto, esse hormônio pode aumentar ou diminuir em nosso organismo de acordo com inúmeras variáveis, como o estresse que é responsável por sua redução.

Por meio de suas pesquisas, Paul Zak identificou oito práticas de gestão que promovem a confiança. Essas práticas são mensuráveis e podem ser geridas para melhorar o desempenho das equipes. Para fazer essa mensuração é possível utilizar um assessment como o NeuroView, que mede o nível de confiança que a equipe tem em um determinado líder. Ele funciona da seguinte forma: o líder responde a uma autoavaliação com 16 perguntas que descrevem um comportamento. Da mesma forma, a equipe também avalia o líder. O resultado é dado por meio de um relatório que dirá como o líder é visto em relação aqueles aspectos, além disso, o documento também traz uma reflexão de como o líder pode desenvolver cada um dos comportamentos avaliados.

Os oito aspectos que os líderes precisam exercer são comportamentos que aumentam o nível de ocitocina nas pessoas. E quanto maior o nível de ocitocina mais confiança existirá, pois é esse hormônio o responsável por nos conectar às pessoas. A ocitocina nos faz sentir o que o outro sente. E esse hormônio vai além: aqueles que liberam mais ocitocina são mais felizes.

Portanto, para as empresas que querem promover maior confiança entre seus colaboradores e um ambiente que proporcione maior felicidade minha dica é óbvia, porém, eficaz: busquem a manutenção dos comportamentos, como reconhecimento, pressão em níveis saudáveis, ambiente colaborativo e que estimule a criatividade, porque tudo isso aumentará o nível de ocitocina produzida diariamente.É incrível como o avanço da neurociência pode nos ajudar a entender as mudanças que estão ocorrendo nas relações humanas.

Fonte: Exame

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