As taxas de autorização impactam diretamente na conversão. Imagine um cliente navegando pelo website da sua empresa, na última etapa do “carrinho” ele clica em “finalizar compra”, mas o pagamento não é autorizado. O cliente sentirá como se os produtos tivessem sido tirados de suas mãos. Muitas vezes, o bloqueio é realizado de forma errada e, provavelmente, este cliente não voltará a comprar mais pelo seu website.
Devido à complexidade da autorização, não existe uma abordagem única que funcione para todos. Uma estratégia bem pensada, que considere a autorização nos níveis micro e macro, é crucial para garantir que as transações não sejam abandonadas na etapa final.
Macro: criando uma estratégia de autorização internacional
Se você deseja vender no mercado internacional, há vários fatores a serem considerados em relação à autorização e aquisição. Isto porque, cada país possui uma infraestrutura de pagamento e estrutura reguladora exclusivas com as quais você precisa se envolver. Uma opção é estabelecer uma entidade legal local e firmar acordos comerciais com bancos adquirentes locais. Ou, usar uma única entidade legal para aceitar cartões em todos os mercados.
Outra estratégia é estabelecer parceria com um provedor de serviços de pagamento (PSP), que possui conexões com vários adquirentes de cartões locais em diferentes mercados e fazer com que eles processem pagamentos locais em seu nome. Os emissores podem restringir a transação de cartões com comerciantes em determinadas regiões estratégicas. Portanto, oferecer soluções de pagamento locais, consequentemente, aumenta significativamente as chances de receber uma autorização.
Com um bom PSP, as transações podem ser processadas como Doméstica, Intra-regional ou Inter-regional, dependendo da localização do comerciante e do cliente. É importante entender quais opções e configurações geram as melhores taxas de conversão.
Micro: entendendo quedas flexíveis e rígidas
O motivo pelo qual uma transação é recusada por um adquirente, geralmente, pode fornecer algumas dicas sobre como aumentar as conversões. Portanto, mesmo que os códigos de rejeição ou respostas oferecidos pelos adquirentes possam parecer assustadoramente técnicos, é de vital importância entender o que eles significam. A distinção mais importante se refere a quedas “rígidas” e “flexíveis”.
Uma queda rígida representa um erro de autorização que não pode ser resolvido imediatamente. Devido a um número de cartão inválido, fundos baixos ou um cartão expirado, por exemplo. As quedas rígidas são definidas e não serão esclarecidas por elas mesmas. Sabemos, por experiência própria, que é improvável que tentativas subsequentes com o mesmo método de pagamento sejam bem-sucedidas.
Já as quedas flexíveis são mais complicadas. Algumas transações rejeitadas são acompanhadas por um código de resposta genérico e, geralmente, surgem devido a complexidades no ecossistema de pagamentos. Todos os adquirentes, emissores e sistemas podem rejeitar uma transação, mas não há um padrão global sobre como comunicar os motivos. Isso resulta em uma queda flexível, frequentemente uma transação legítima e temporariamente devido à maneira como as informações são comunicadas (ou não) por meio da página de pagamento. Com as quedas flexíveis, podemos ajudar a fazer alterações que melhoram as taxas de autorização.
Usando adquirentes secundários e análise de transações mais profunda
Uma abordagem eficaz para quedas flexíveis é rotear automaticamente transações com falha selecionadas para um adquirente secundário para uma “nova tentativa”. Com os parceiros de tecnologia certos, o roteamento automático pode aumentar a autorização sem praticamente nenhum impacto na experiência do cliente.
Uma opção adicional é trabalhar com seus parceiros de pagamento para realizar uma análise mais profunda dos códigos. Isso pode revelar se bancos ou adquirentes emissores específicos são um problema ou se transações provenientes de determinados locais estão provocando constantes rejeições.
Por Nick Tubb, Vice-Presidente Comercial da Ingenico ePayments
Fonte: Administradores