Inteligência emocional recentemente se tornou um tema muito falado em termos de características de liderança. Uma coisa que sabemos com certeza é que é uma característica que pode ser medida e desenvolvida. Mas o que exatamente é e como isso influencia o conceito de liderança como o conhecemos hoje? Confira no artigo!
A inteligência emocional tem a ver com a capacidade de reconhecer e controlar suas próprias emoções, ao mesmo tempo em que as aproveita adequadamente para obter a melhor reação possível, conforme as situações determinam. Também tem a ver com a consciência e a sensibilidade em relação às emoções dos outros.
Portanto, é uma característica importante para qualquer pessoa em qualquer nível de uma organização, mas é particularmente importante para aqueles que ocupam cargos de liderança. A inteligência emocional de um líder pode ter ampla influência sobre seus relacionamentos, como eles gerenciam suas equipes e como eles interagem com os indivíduos no local de trabalho.
O que é inteligência emocional?
Inteligência emocional ou IE é a capacidade de entender e gerenciar suas próprias emoções e as das pessoas ao seu redor. Pessoas com alto grau de inteligência emocional sabem o que estão sentindo, o que significam suas emoções e como essas emoções podem afetar outras pessoas.
Para os líderes, ter inteligência emocional é vital para o sucesso. Pense nisso: quem tem mais chances de conseguir levar a organização adiante – um líder que grita com a equipe quando está estressado, ou alguém que mantém o controle de suas emoções e de outras pessoas, e calmamente avalia a situação?
A definição original, criada pelos estudiosos Salovey e Mayer (1990), é: inteligência emocional (IE) refere-se à coleção de habilidades usadas para identificar, compreender, controlar e avaliar as emoções de si e dos outros. De acordo com Daniel Goleman, um psicólogo americano que ajudou a popularizar a inteligência emocional, existem cinco elementos-chave para isso:
Quanto mais um líder gerencia cada uma dessas áreas, maior sua inteligência emocional. Saiba mais sobre cada um desses elementos.
Auto-consciência
Se você é autoconsciente, você sempre sabe como se sente e sabe como suas emoções e suas ações podem afetar as pessoas ao seu redor. Ser autoconsciente quando você está em uma posição de liderança também significa ter uma imagem clara de seus pontos fortes e fracos, e isso significa se comportar com humildade.
Auto-regulação
Líderes que se regulam efetivamente, raramente atacam verbalmente as outras pessoas, tomam decisões precipitadas ou emocionais, estereotipam as pessoas ou comprometem seus valores. A auto-regulação é tudo sobre manter o controle de suas emoções e como elas afetam os outros. Esse elemento de inteligência emocional, de acordo com Goleman, também cobre a flexibilidade e o compromisso de um líder com a responsabilidade pessoal.
Motivação
Líderes auto-motivados trabalham consistentemente em direção aos seus objetivos, motivam seus colaboradores e têm padrões extremamente altos para a qualidade de seu trabalho. Eles desenvolvem uma conexão emocional saudável com os resultados que buscam de seus esforços, aproveitando-os para levá-los adiante sem serem obsessivos.
Empatia
Para os líderes, ter empatia é fundamental para gerenciar uma equipe ou organização de sucesso. Líderes com empatia têm a capacidade de se colocar na situação de outra pessoa. Eles ajudam a desenvolver os profissionais em seu time, desafiam outras pessoas que estão agindo de forma injusta, dão feedback construtivo e ouvem aqueles que precisam. Esses líderes muitas vezes inspiram seus colaboradores a superar suas expectativas.
Habilidades sociais
Líderes que se saem bem no elemento de habilidades sociais da inteligência emocional são ótimos comunicadores. Eles estão tão abertos a ouvir notícias ruins, quanto boas, o que aumenta a confiança dos colaboradores, e eles são especialistas em conseguir que sua equipe os apoie e se empolgue com uma nova missão ou projeto. Gestores que possuem boas habilidades sociais também são bons em administrar mudanças e resolver conflitos. Eles raramente ficam satisfeitos em deixar as coisas como estão, mas não se acomodam e fazem todo mundo fazer o trabalho: elas dão um exemplo de como as coisas devem ser feitas com seu próprio comportamento.
O que acontece quando os líderes são emocionalmente inteligentes?
Líderes que são emocionalmente inteligentes adotam ambientes seguros, onde os colaboradores se sentem confortáveis para assumir riscos calculados, sugerir ideias e expressar suas opiniões. Em ambientes seguros, trabalhar de forma colaborativa não é apenas um objetivo, mas se insere na cultura organizacional como um todo. Quando um gestor possui inteligência emocional, ele pode aproveitar as emoções para o bem da organização. Os líderes muitas vezes precisam atuar como agentes de mudança e, se estiverem cientes de como os outros reagirão emocionalmente às mudanças, poderão antecipar isso e planejar as formas mais apropriadas de introduzi-los e realizá-los.
Além disso, eles não tomam as coisas pessoalmente e são capazes de seguir em frente com os planos sem se preocupar com o impacto sobre seus egos. Conflitos pessoais entre líderes e colaboradores são um dos obstáculos mais comuns à produtividade em muitos locais de trabalho.
O que acontece quando os líderes não são emocionalmente inteligentes?
A maioria dos líderes frequentemente enfrenta situações estressantes. Líderes com baixa inteligência emocional tendem a atuar em situações estressantes porque não são capazes de controlar seus próprios sentimentos. Eles também costumam ser muito propensos a comportamentos como gritar, culpar e ser passivo agressivo com outras pessoas.
Isso pode criar um ambiente ainda mais estressante, onde os colaboradores estão sempre preocupados, tentando evitar que a próxima explosão aconteça. Isso geralmente tem efeitos desastrosos na produtividade e na coesão da equipe, porque os profissionais ficam muito distraídos com esse medo para se concentrar no trabalho e no vínculo.
Não ser emocionalmente inteligente dificulta a colaboração dentro da organização. Quando um líder não tem controle sobre suas próprias emoções e reage inadequadamente, a maioria de seus colaboradores tende a se sentir nervosos em contribuir com suas ideias e sugestões, por medo de como o líder reagirá.
No entanto, um líder que não tem inteligência emocional não necessariamente ataca seus colaboradores. Não ser emocionalmente inteligente também pode significar uma incapacidade de lidar com situações que podem ser carregadas de emoção. A maioria dos gestores lida com conflitos, e um líder que não esteja informado sobre as emoções dos colaboradores, muitas vezes, terá dificuldade em reconhecer o motivo da briga e lidar com a resolução dela. Líderes que possuem inteligência emocional geram diversos benefícios para a equipe e para a empresa em geral!
Fonte: RH Portal