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Indústria mineira deve encerrar 2021 com crescimento de 10,15%

30 de dezembro de 2021 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) apresentou, ontem, o balanço anual do setor, juntamente à análise das atividades econômicas do Estado e do Brasil como um todo. De acordo com estudos da entidade, a indústria em Minas Gerais deve crescer, até o final deste ano, 10,15%, influenciada, principalmente, pelas indústrias de extração mineral e de transformação. 

Durante a divulgação dos resultados, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, enfatizou que o crescimento da indústria só pode acontecer por meio de investimentos. Nesse sentido, Roscoe avalia que o Estado de Minas Gerais está começando a colher frutos da atração de empreendimentos, o que atribui às mudanças em práticas relacionadas aos prazos de licenciamento ambiental e às legislações que garantem incentivos fiscais e segurança jurídica aos empresários. 

De acordo com Roscoe, os R$ 150 bilhões de recursos atraídos para Minas Gerais somente em 2021, anunciados recentemente pelo governo, significam um crescimento já “contratado” de 3% ao ano para o próximo triênio. “Esse investimento vai se traduzir em crescimento. E o crescimento vai se traduzir em geração de empregos e renda para a sociedade”, disse. 

O presidente da Fiemg ressaltou, ainda, que a desburocratização do licenciamento não significa o incentivo ao desrespeito às garantias de preservação ambiental e que a indústria mineira já se destaca na utilização de recursos sustentáveis, como é o caso da madeira proveniente de florestas plantadas no Estado. 

Resultados do setor

Conforme dados do relatório, o PIB da indústria mineira deve crescer, até o final do ano, 10,15%. Enquanto base comparativa, em todo o País, a estimativa é de que a alta da atividade industrial gire em torno de 3,43%. Os resultados, para Roscoe, indicam que as estratégias adotadas por Minas Gerais colocam o Estado à frente da média nacional. 

Em Minas Gerais, a indústria extrativa mineral terá crescimento de 16,08%, seguida pela indústria de transformação (11,81%) e a indústria da construção (9,04%). Apenas a indústria de energia e saneamento está projetada, neste ano, em patamares negativos (-6,3%), devido à crise energética e hídrica enfrentada no terceiro trimestre do ano. 

Vale ressaltar que os estudos da Fiemg consideraram os dados que compreendem o período de janeiro até setembro de 2021. 

Contexto econômico

Segundo o economista da Fiemg que participou dos estudos para o balanço do exercício, Izak Carlos Silva, destacam-se, para os resultados obtidos na indústria mineira e nacional, o avanço da vacinação contra a Covid-19 no País e em Minas Gerais, enquanto contribuição para a retomada do crescimento.  

No entanto, o economista lembra que há desafios que devem ser observados no próximo ano, como é o caso do agravamento do quadro fiscal e o alto patamar da dívida pública brasileira, consequências da desaceleração da atividade econômica devido às restrições de circulação da população e dos gastos públicos com a pandemia. 

Esses fatores, de acordo com o economista, são determinantes para a desvalorização cambial do real, além de insumos e commodities importados mais caros, que se somam ao aumento da taxa de juros no Brasil e reverberam no preço de dois principais produtos: combustíveis e alimentos e bebidas.

Fonte: Diário do Comércio

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