Hoje trouxe uma reflexão sobre uma das competências que, a meu ver, é uma das mais importantes para se chegar a um ambiente colaborativo, integrado e motivador, seja no âmbito empresarial ou pessoal: a Inteligência Emocional.
Todos sabem que muitas são as inteligências que possuímos e que desenvolvemos ao longo da vida, mas a emocional é a base de muitas das nossas atitudes e traz consequências para todo nosso entorno.
O que é Inteligência Emocional:
Inteligência emocional é uma competência relacionada à capacidade de gerenciar as nossas emoções, compreender as dos outros e saber construir relações duradouras e saudáveis, o que é um grande desafio para todos nós.
Daniel Goleman, renomado professor, jornalista, PhD e escritor, popularizou o tema e jogou luz à necessidade de desenvolvê-la enquanto competência especialmente em líderes para melhor alcance de resultados. Em linhas gerais, segundo ele, a inteligência emocional é a capacidade de entender e lidar com os próprios sentimentos e impulsos, bem como dos demais de forma positiva.
Trata-se na realidade de um conjunto de competências relacionadas a lidar com emoções, a entender e perceber como elas nos afetam e nos impulsionam no dia a dia.
A pressão constante de um mundo que nos cobra resultados o tempo todo é extremamente desgastante, especialmente para aqueles que não percebem que o desenvolvimento dessa competência é de suma importância para realizar ajustes e exercitar a empatia.
Ter equilíbrio emocional é fundamental para melhor adaptação à realidade de mercado em que estamos inseridos (revolução 4.0) e para exercer uma liderança mais humanizada, focada em entregar resultados considerando as pessoas em primeiro lugar. A inteligência emocional te ajuda inclusive a desenvolver outras competências essenciais como resiliência e flexibilidade.
Os 5 componentes da Inteligência Emocional:
Daniel Goleman elencou 5 componentes como sendo os pilares para o desenvolvimento dessa competência:
Desenvolver todas essas esferas nos permite alcançar a base para ter inteligência emocional bem consolidada em nossas vidas.
Os dados alarmantes:
Depressão e ansiedade são alguns dos males mais preocupantes hoje em dia no mercado de trabalho, razão para afastamento temporário ou até mesmo definitivo. A Organização Mundial de Saúde inclusive já destacou que esses têm sido males enfrentados por profissionais em todo o mundo, estando o Brasil em quinto lugar no ranking mundial em depressão.
Outro dado alarmante: Segundo uma pesquisa do ISMA-BR (International Stress Management Association), instituto internacional de pesquisa, prevenção e tratamento de stress, o Brasil há algum tempo era o segundo país em burnout, e mais de 30% dos profissionais sofriam já com essa síndrome, que se caracteriza basicamente por 3 pontos: exaustão física e mental, ceticismo e redução de eficácia profissional.
A ligação entre saúde mental debilitada e falta de inteligência emocional aliada a uma liderança omissa ou conivente com um ambiente tóxico é notória, e precisamos estar alertas a isso, especialmente enquanto RH, já que é o departamento que deve ser o guardião das pessoas dentro de uma empresa.
Sugestões para desenvolver:
A primeira sugestão para ajudar a desenvolver essa competência é incentivar práticas de autoconhecimento que levem ao desenvolvimento de maior inteligência emocional, a partir de ferramentas assertivas que podem ser encontradas em livros, cursos, treinamentos e mentorias sobre o tema.
Uma das maneiras de tentar ajudar os profissionais a vencer esses desafios também é apresentar alguns dos benefícios que se tem ao buscarmos esse equilíbrio em nossas emoções cotidianas.
Propor dinâmicas em grupo, workshops sobre o tema, incentivar atividades físicas, oferecer e incentivar atendimento psicológico, maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal são algumas sugestões que podem ajudar. O RH possui ferramentas para favorecer o desenvolvimento dessa competência e pode atuar como facilitador em muitas situações, desde que a alta direção da empresa perceba o bem-estar como um assunto de relevância essencial e enxergue as pessoas como vantagem competitiva.
Fonte: RH Portal