A área de Recursos Humanos ganha cada vez mais um papel estratégico
Dados, desempenho e resultados são palavras que fazem parte do dia a dia de todas as empresas, independentemente de seu tamanho, localização ou atuação. Por isso, um ativo tem se tornado cada vez mais importante para quem quer focar em aumento de performance: pessoas. Sem colaboradores engajados e com fit em relação ao comportamento e às competências necessárias, as chances de uma corporação crescer diminuem drasticamente.
Diante desse cenário, a área de Recursos Humanos ganha cada vez mais um papel estratégico, deixando de ser o setor que atua por meio de questões subjetivas, e passa a atuar também como um organismo que impacta os negócios da empresa. As chamadas HR Techs, como são conhecidas as startups que atuam nesse segmento, têm ganhado mercado e atenção de recrutadores e já somam mais de 122 empresas em todo o país, segundo Estudo da Liga Ventures.
Uma das soluções cada vez mais aplicadas pelos profissionais de recursos humanos são os mapeamentos comportamentais, que vão muito além da análise de currículos e apontam quais são as tendências de comportamento e as competências do candidato. Dessa forma, é possível investigar como ele irá reagir a determinadas situações, caso seja contratado.
Para termos uma ideia do impacto econômico do comportamento de colaboradores dentro de uma empresa, podemos analisar alguns dados. Em fevereiro de 2018, o índice de desemprego no Brasil atingiu 12,2%, ou seja, 12,7 milhões de pessoas no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essas informações são referentes ao período entre novembro de 2017 e janeiro de 2018. Dentre essas pessoas, cerca de 85% são desligadas por questões de ordem comportamental. Ou seja, não foram problemas relacionados a questões técnicas ou resultados que geraram esses desligamentos, mas sim comportamentos considerados inadequados para a empresa ou a vaga, especificamente.
Por meio do mapeamento comportamental os recrutadores conseguem analisar indicadores sobre estima, pressão, influências, empatia, detalhismo, capacidade de sonhar e muitos outros direcionamentos que podem ajudar a evitar contratações equivocadas e, consequentemente, um aumento do turnover.
Segundo dados do mercado, se o seu turnover está acima de 5% é hora de se preocupar, olhar para dentro de casa e refazer todo o caminho de atração e retenção de talentos. Afinal, contratar um novo colaborador custa até três vezes mais do que manter um. Por isso o primeiro passo é tão relevante, evitando que caminhos e rotas devam ser recalculados.
Como disse no início desse texto, dados, desempenho e resultados são palavras que fazem parte do dia a dia de todas as empresas, então prejuízos e colaboradores mal engajados devem ser riscados de uma vez por todas da lista de erros do RH. Pense nisso.
Por Mônica Hauck, fundadora da Solides.
Fonte: Mundo RH
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