O homem aprendeu a produzir o fogo para se proteger do frio e preparar os alimentos no período Neolítico. Em 4.000 a.C., a invenção da roda substituiu os trenós de madeira por automóveis com rodas e revolucionou o transporte. A preocupação com a qualidade de vida é tão antiga quanto a própria humanidade. Os fatores como a criação constante de novas tecnologias, as transformações econômicas, a disputa de mercado e a globalização contribuem para as empresas exigirem cada vez mais de seus colaboradores.
Somente na Década de 60, começaram os movimentos por qualidade de vida no trabalho. Por volta dos Anos 70, Louis Davis cunhou o termo QVT (Qualidade de Vida no Trabalho), um aglomerado de ações implantadas no ambiente organizacional para melhorar o cotidiano dos trabalhadores, tornando-os mais produtivos. O conceito trata das características físicas e ambientais das unidades produtivas e dos aspectos psicológicos dos funcionários.
O aumento da tensão em um ambiente sem humanizar a força de trabalho provoca uma alta taxa de absenteísmo, rotatividade constante dos profissionais e diminuição do desempenho e da produtividade. A reversão dessa situação leva as empresas brasileiras a apostarem cada vez mais em QVT. As lideranças precisam encarar a empresa e seus funcionários como parte de um corpo único. A mesma visão da medicina que, considera a saúde muito além da ausência de doenças, mas o bem-estar biológico, psicológico e social.
A implantação de ações para a qualidade de vida nos ambientes organizacionais deve considerar o bem-estar físico, ambiental e psicológico dos funcionários. As categorias conceituais da QVT são dividas em alguns critérios. Primeiro, uma remuneração justa e adequada. Em segundo lugar, as condições de trabalho marcadas pela jornada de trabalho razoável em um ambiente seguro e harmônico.
Outro aspecto é a autonomia necessária ao funcionário para executar suas atividades e receber feedback, assim como oportunidade de crescimento profissional e pessoal, integração social, respeito às individualidades e senso comunitário. Também é fundamental existir um equilíbrio entre vida profissional e pessoal, tanto quanto a noção da responsabilidade social da instituição, refletindo diretamente no orgulho do colaborador em executar suas atividades.
As empresas que promovem essas ações entram para o rol dos negócios que conseguiram diminuir as doenças ocupacionais, aumentaram o engajamento e o comprometimento dos funcionários, tornando as lideranças mais efetivas, melhorando as relações interpessoais, diminuindo os índices de faltas, aumentando a felicidade dos funcionários no trabalho e, consequentemente, produzindo com mais qualidade ao reter e atrair talentos. O investimento em QVT requer acreditar na própria empresa ao considerar os colaboradores a peça mais importante dessa engrenagem.
Sônia Jordão é engenheira, especialista em liderança, palestrante e escritora, com centenas de artigos e diversos livros publicados, entre eles “A Arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”.
Fonte: Administrador
Fonte da imagem: Designed by Freepik