A globalização, tanto econômica, quanto comercial e cultural, mudou os paradigmas dos relacionamentos e colocou a comunicação como o “Poderoso Chefão” de nossas vidas.
Surgiram novas linguagens, novos símbolos e neologismos que boa parte da geração dos Baby Boomers não entende e talvez nunca entenda.
Como, então, podemos usar destas peculiaridades no marketing digital?
1. Adapte as mensagens ao meio ideal: Marshall McLuhan disse há anos sobre a chegada do meio universal, a mídia que resume todas as outras dentro de um único dispositivo. E ela já existe faz tempo: o smartphone. Não adianta criar um vídeo para TV, com linguagem, formato e duração para esse meio, mas veiculá-lo em smartphones. O mobile precisa de uma linguagem própria, com visão e formatos pensados de forma “mobile friendly” desde a criação. A maior parte dos investimentos das marcas é para criar um bom filme. Então, é preciso começar a pensar em se criar bons filmes mobile. Quase 70% do consumo de vídeo digital é feito pelos celulares e é preciso pensar nos formatos verticais. As telas horizontais, antes tão usadas, hoje ficam apenas em frente ao nosso sofá, e estamos utilizando-as cada vez menos.
2. “Come spendi, mangi”: a expressão é italiana e significa “você come de acordo com o que gasta”. É um ditado antigo do sul da Itália que ainda tem grande valor. Nos últimos anos, a luta pelo melhor preço prejudicou a criatividade, o lucro e a produtividade de muitas empresas, desde anunciantes, até veículos. Mas, nem sempre fazer bem para a marca significa gastar menos. Valorizar o investimento em uma tecnologia, um formato ou uma solução assertiva, poder dar grandes resultados no longo prazo. “Stay fool”, dizia Steve Jobs. Lembre-se disso quando seu jeans barato rasgar depois de um mês. A corrida das marcas para focar investimentos em campanhas programáticas pode dar grandes resultados em termos de quantidade e cobertura e, provavelmente, vai melhorar as campanhas de desempenho. Mas, se formos falar de branding, precisamos pensar sempre na qualidade.
3. Menos pode ser mais: os cinco sentidos têm sido estimulados de forma excessiva nas campanhas. Adaptamos nossas capacidades sensoriais a um rodízio necessário. Às vezes descansamos os ouvidos, outras vezes os olhos e em outras o tato. Não podemos ficar ligados 100% em todos os momentos. As redes sociais mostram que é sempre possível ter um vídeo onde se utilize menos o áudio, mostrando nossas histórias de forma visual. Os tempos em que o volume da propaganda na TV aumentava automaticamente na hora da publicidade já foram. Uma imagem comunica muito mais rapidamente do que qualquer palavra ou texto. A imagem tem poder e devemos escolhê-la com cuidado. Na hora de veicular uma peça, ela será a nossa grande “sacada” para chegar bem nos clientes.
4. Crie formas para engajar: eu nasci na Itália e quando cheguei ao Brasil, um dos mestres com quem tive a sorte de cruzar pelo meu caminho me falou: “em tempos de crise, tire o ‘S’ e CRIE”. Hoje, mais do que nunca, precisamos criar experiências lúdicas, inovadoras, que engajem o usuário. Precisar aproveitar as tecnologias, como o 360º, o Javascript, o acelerômetro, as formas híbridas de comunicação desktop/mobile e a gamificação. Crie de forma digital, pensando em tudo digital, na junção e utilização das tecnologias existentes. O anunciante vai te agradecer. E os clientes dele ainda mais.
5. Mobile é First Click: Recentemente, a consultoria eMarketer publicou uma projeção sobre o ad spending digital no Brasil que indica que, dentro de dois anos, o mobile será quase 80% do ad spending do segmento. Não fique para trás. É preciso entender que o celular é, hoje, uma extensão de nosso corpo e o desktop é mais uma extensão do nosso trabalho. O meio que mais nos pertence e mais nos completa é o smartphone. O mobile precisa ser pensado em 360º. Mobile não é apenas geolocalização ou leads. Mobile é first click. Qualquer funil de conversão começa pela captura da atenção e todos sabemos muito bem onde ela está.
Fonte: Administradores