Para ganhar atenção e relevância em um mercado tão competitivo, não basta mais produzir campanhas alinhadas com a identidade da marca. É preciso dialogar com a real expectativa do consumidor pelos mais diversos canais por onde ele se comunica. Esta é a opinião de Rebeca Duarte, Head de Social Media e Planejamento da agência full service Adtail.
“Acredito que praticar a escuta ativa ao que os clientes têm a dizer é a base do sucesso em uma marca realmente conectada com sua audiência. Por isso, é essencial aplicar técnicas de social listening para inspirar ou até validar campanhas de Marketing e vendas.”
A profissional ainda destaca que a metodologia vai muito além de monitorar conversas para prever e gerenciar crises. “Quando classificamos e analisamos os debates nas plataformas, fica fácil de perceber o valor de aplicá-lo à rotina da marca.”
De acordo com pesquisa deste ano do All INN, em parceria com a Opinion Box, 75% dos consumidores utilizam as redes sociais para buscar produtos. 74% dos consumidores costumam utilizar o Instagram, o Facebook e outras redes sociais para fazerem compras. Portanto, os dados gerados nessas plataformas são uma fonte rica para compreensão aprofundada do público-alvo, identificando tendências emergentes, dores na experiência com a marca e até preferências de consumo.
“Muitas marcas recebem um alto volume de interações dentro das suas próprias redes. São feedbacks diretos e em tempo real, dados que, se bem tratados, podem responder e direcionar estratégias e prioridades de negócio”, destaca a especialista. Além disso, inputs gerados por social listening podem complementar análises de desempenho e direcionar estratégias sazonais, como Natal, período de férias, verão, etc.
Para realmente conseguir identificar potenciais tendências por meio das técnicas de social listening é preciso ir além do básico. Coletar informações de conversas que acontecem fora dos perfis da marca (comentários de posts, marcações e mensagens diretas) também é importante na construção da análise. Os fóruns abertos e diálogos despretensiosos das redes sociais precisam ser notados, já que o público está se expressando livremente e sendo verdadeiro quanto às suas impressões e necessidades.
Por fim, é preciso estar atento para os assuntos menos óbvios, ou seja, não monitorar apenas o nome da marca. Considere monitorar termos de produtos, assuntos que tangenciam o segmento da empresa, interações com influenciadores que representam bem o público-alvo, interações com benchmarks e quaisquer outros espaços de conversa que podem representar o nicho de interesses do consumidor. Com isso, o volume de dados a ser trabalhado será muito maior e poderá fornecer grandes insights.
– Monitorar quais produtos e condições estão gerando mais repercussão positiva;
– Analisar principais elogios e reclamações relacionados à experiência de compra para otimizar fluxos, comunicações e evitar frustrações;
– Apostar em conteúdos que convidem o público a responder quais são seus desejos em relação às compras;
– Criar conversas sobre desafios e desejos do público de forma mais ampla neste período do ano, para encontrar oportunidades de venda (perrengue de férias, dilemas das festas, melhores coisas desta época do ano, etc.).
– Monitorar os termos relacionados aos produtos e categorias que a empresa trabalha para entender o nível de interesse e reforçar a comunicação;
– Monitorar quais condições de compra e produtos estão sendo mais comentados nas redes dos concorrentes e influenciadores-chave;
– Entrar em conversas de oportunidade, ao monitorar o item anterior, para indicar produtos e oferecer algum benefício diretamente ao potencial cliente.
Fonte: Mundo do Marketing