Felizmente, hoje já temos evidências bem factíveis e dados acumulados ao longo de milênios que comprovam ser possível desenvolver liderança. A verdade é que todos nós podemos aprender a liderar, a começar por liderar nossas próprias vidas e carreiras.
Aprender a liderar pode ser como aprender a tocar piano, sem mesmo ter muito talento. Um pouco de atitude, esforço e de exercício é suficiente para sermos melhores líderes do que quem nunca tentou. Talvez você não tenha paciência, persistência e competência suficiente como se fosse fazer um concerto no Royal Opera House em Londres, mas se tentar, certamente aprenderá a liderar melhor. E, se for paciente, persistente e desenvolver competências, certamente fará diferença frente a uma equipe.
Podemos aprender a liderar e podemos aprender a liderar melhor sempre, mesmo que nunca nos tornemos estrelas globais entre os líderes. Algo que inclusive, nem sempre tem relação com ser ou não um bom líder.
Porém, é preciso responder as seguintes perguntas:
Tenho apoiado muitos líderes a encontrar respostas para essas perguntas e listei algumas competências-chave para os profissionais que querem desenvolver liderança:
Tomada de Decisão – Cada decisão tomada pelo gestor gera uma consequência para a empresa, seja ela positiva ou negativa. Por isso, ter inteligência emocional é primordial para conduzir o processo de forma bem-sucedida. Todo líder conhece os dois principais componentes de suas decisões: as pessoas e os números. A escolha do fornecedor, a contratação de um profissional, a mudança das rotinas produtivas. Esses são alguns exemplos que exigem a definição de um modo de agir. Justamente por afetar finanças e pessoas, a tomada de decisão envolve grande responsabilidade, por isso é relevante tomar a frente com assertividade e no tempo adequado. O que demanda certo de coragem.
Comunicação – Como gestor, comunicar aos liderados “o que fazer” e “como fazer” é um dos princípios básicos a serem trabalhados. É importante também deixar claro o “por que fazer”, ou seja, o propósito das coisas. Isso vai gerar atitude, motivação e engajamento, além de trazer resultados transformadores e vantagens competitivas.
Realização de Resultados – Significa assegurar resultados e gerar valor, com visão e controle do curto, médio e longo prazo, garantir a concretização das metas estabelecidas alinhadas ao planejamento estratégico e em consonância com os princípios de responsabilidade social. Realizar um planejamento adequado. Envolve a disseminação das metas, monitoramento de indicadores, tais como, benchmarking, gestão de pessoas, custos, qualidade, produtividade, vendas, etc.
Gerenciamento de Mudanças – Explorar novas ideias com sucesso. Liderar equipes para promover coisas novas e mudanças construtivas, por meio de ousadia, determinação e senso de urgência para reverter situações desfavoráveis e efetivar resultados em curto prazo. É a capacidade de inovar, assumir riscos na busca de oportunidades de novos negócios, produtos e processos, considerando os impactos envolvidos. Buscar pelas melhores práticas. Desafiar-se constantemente para o aprendizado e melhoria contínua.
Planejamento Estratégico – Ter visão de longo prazo, enxergar todo o potencial do negócio e ver além do óbvio para sair na frente no mercado. Desenhar cenários, utilizar de ferramentas de planejamento como análise SWOT e BSC, métricas de desempenho são algumas das ações desta competência.
Serviço ao cliente – Atua com propósito junto ao cliente (interno / externo), identificando e antecipando as suas necessidades, surpreendendo na entrega e superando as expectativas. Conhecimento do negócio e do mercado. Compromete-se com os resultados dos seus clientes. Percebe e antecipa-se às necessidades e oportunidades do cliente que agrega valor ao mesmo. Estabelece proximidade e relações de longo prazo com o cliente.
Desenvolvimento de Equipes – Lidera pelo seu exemplo. Possui uma comunicação direta, aponta metas e caminhos para o atingimento dos resultados. Seus comportamentos estão alinhados aos padrões éticos da organização. Conquista o comprometimento e a motivação das equipes equilibrando exigência, afetividade, gerando um clima favorável na organização. Busca o autodesenvolvimento. Sabe atrair, reter e desenvolver profissionais em sintonia com os valores e a cultura organizacional. Identifica e forma sucessores. Celebrar e reconhece as conquistas. Comunica-se de forma clara, objetiva e transparente, com empatia, respeito e eficácia.
Tomada ou Gestão de Risco – Gestão de riscos é o processo de organizar e planejar recursos humanos e materiais de uma empresa de forma a reduzir ao mínimo possível os impactos dos riscos na organização, utilizando um conjunto de técnicas que visa minimizar os efeitos dos danos acidentais direcionando o tratamento aos riscos que possam causar danos ao projeto, às pessoas, ao meio ambiente e a imagem da empresa. O principal objetivo da Gestão de Riscos é avaliar as incertezas de forma a tomar a melhor decisão possível. De certa forma, toda gestão de risco e toda tomada de decisão lida com esta situação, e os seus benefícios dão as melhores decisões, menos surpresa, melhora no planejamento, na performance e na efetividade, além da melhora no relacionamento com as partes interessadas.
É importante lembrar que liderança é uma jornada e não um ponto de chegada!
Fonte: Blog RH
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