Estudo da MField Test indica, ainda, que metade dos entrevistados com saúde financeira comprometida também pretendem comprar na data
Black Friday, uma das datas mais esperadas pelo varejo, está chegando. Mas, em um ano marcado pela pandemia da Covid-19 e pela crise financeira ocasionada por ela, os consumidores vão as compras nesta data? De acordo com pesquisa da MField Test, braço de inteligência da MField, especializada em estratégias de ativação de influenciadores e conteúdo nas redes sociais, 59% dos brasileiros pretendem comprar algo na ocasião — e 85% farão as compras pela internet. Para chegar a essa conclusão, o estudo ouviu 23.410 pessoas por meio das redes sociais, utilizando canais de 30 influenciadores no Twitter e Instagram que possuem uma base de mais de 20 milhões de seguidores.
Apesar de um número expressivo de pessoas afirmar que planejam comprar durante o período, 56% dos entrevistados dizem estar com sua saúde financeira comprometida devido à pandemia. Contudo, 23% desse grupo ainda pretendem comprar algo na Black Friday de 2020. O levantamento também indica que 35% dos respondentes consideram sua vida financeira estável e 9% em seu melhor momento.
O estudo mostra, ainda, que os brasileiros não se consideram consumista, pois 43% afirmam comprar só o necessário. Outra parcela considerável dos entrevistados, cerca de 37% do total, diz não comprar muito em razão do baixo poder aquisitivo, e 20% admitem abertamente ser consumistas, sendo que um quarto das pessoas desse grupo se declara de alto poder aquisitivo.
A categoria de produtos que lidera a intenção de compras na Black Friday deste ano é roupas e calçados, com 37%. Logo em seguida aparece dispositivos eletrônicos, com 30%; eletrodomésticos, 18%; e cosméticos, 15%. Flávio Santos, sócio e CEO da MField, avalia que é o momento das marcas serem assertivas e dos influenciadores conhecerem seu público e saberem o que eles querem consumir. “Avaliamos que o momento é de impactar o público correto, com o produto certo, pois não há espaço para impactar muitos e conquistar poucos. Ou seja, é preciso ter foco no ROI”, defende Santos.
A maioria dos consumidores (65%) afirma que o principal fator de decisão na hora da compra na Black Friday é o preço, ao passo que 29% indicam a qualidade do produto e 6% dizem que é o prazo de entrega. “Está evidente que o preço é o fator decisivo para a compra, mas há de se levar em conta que o consumidor pode desistir dela por fatores secundários. Assim, recomendamos às marcas a aposta em conteúdo como reviews de produtos via influenciador e que focar em um prazo de entrega diferenciado precisa ser levado em conta também”, comenta Gabriel Lima, sócio e diretor de novos negócios da MField.
Considerando que a pesquisa foi realizada no Instagram e Twitter, 98% dos entrevistados dizem preferir as ofertas que chegam a eles pela internet, e 2% que chegam pela TV. Dentro do grupo que prefere as ofertas da internet, 59% afirmam ter preferência por ofertas de redes sociais e demais sites, enquanto 41% procuram o que quer diretamente nos navegadores de busca. Já entre os que optam por ofertas vistas em redes sociais, 5% preferem cupons de descontos publicados por influenciadores. “Muitas marcas apostam em influenciadores como fator decisivo para conversão em vendas, porém, é necessário que as marcas ou lojas saibam como mantê-los”, indica Lima.
Por fim, o estudo procurou saber como as pessoas preferem ser impactadas com ofertas na internet e 57% dos consumidores disseram preferir ser impactados de forma indireta nas redes sociais ou diretamente pelo site com o qual está interagindo, enquanto 29% preferem a comunicação via e-mail, SMS ou anúncios pagos, 14% não querem ser impactados com ofertas de jeito nenhum.
Fonte: Meio e Mensagem