Professora de inglês e fundadora da Companhia de Idiomas prepara dicas para a entrevista de emprego virtual
Nos últimos anos, as entrevistas de emprego on-line tornaram-se bem mais comuns e, durante e após a pandemia do coronavírus, isso deverá ser a regra. Essas entrevistas podem se dar em dois formatos:
– Ao vivo, com ou sem imagem, isto é, acontece em horário agendado com entrevistador e é estabelecida uma conversa que poderá ser por celular ou qualquer plataforma de vídeo conferência.
– Assíncrona, caracterizada por não pressupõe interação entre o candidato e o avaliador. O candidato recebe perguntas por escrito ou acessa uma plataforma na qual ouve determinadas perguntas. Em ambos os casos, ele tem de respondê-las, a diferença é que na plataforma, ele terá um prazo para responder a cada pergunta.
Por isso, vale a pena checar o formato que será usado, caso não seja informado:
Erros mais comuns das entrevistas:
Sem conteúdo, o avaliador terá dificuldades de identificar o nível de fluência, ou pior, poderá achar que o candidato não tem conhecimento de inglês e o classificará em um nível mais básico.
2) Ter alguns vícios de linguagem, tais como: you know, kind of, then, so, right.
Uma sugestão interessante é o candidato gravar algumas falas espontâneas, depois ouvir com o objetivo de perceber se tem algum desses vícios e também se comete erros de gramática ou pronúncia.
3) Uso dos tempos verbais.
Vários candidatos que, mesmo tendo estudado por alguns anos, se comunicam, basicamente, usando o tempo presente dos verbos. Não fazem distinção se estão relatando fatos passados ou ações futuras, todas as frases ficam no presente.
Isso pode causar ruídos na comunicação. A sugestão é estudar os tempos verbais e suas aplicações e tentar usá-los corretamente em seu discurso.
4) Começar a entrevista já impondo o que quer falar, dá a nítida impressão de que decorou ou se preparou para falar sobre aquele assunto, quase sempre sobre sua experiência.
Deixar o avaliador conduzir as perguntas. Quando percebemos que o discurso está decorado, mudamos totalmente o tipo de assunto para testar seu conhecimento real do idioma.
5) Ler possíveis respostas.
É preciso soar natural, desenvolto e que está presente na conversa. É possível perceber mesmo sem imagem porque uma conversa é um processo criativo, uma jornada que leva as pessoas para o mundo dos pensamentos e ideias. Cuidado com os clichês e respostas prontas.
6) Há vários candidatos que têm boa desenvoltura e velocidade de discurso, até bom vocabulário, mas cometem erros excessivos de pronúncia e/ ou de gramática.
Configurando, assim, um desnível nas habilidades. A comunicação oral é composta por alguns critérios que definirão seu nível final, a saber:
Além disso, vale ressaltar que o nível não é algo matemático e o candidato pode ter notas diferentes para essas habilidades.
7) Essas avaliações de idioma estrangeiro costumam ser terceirizadas.
O avaliador não sabe detalhes do processo e, muito menos, se o candidato tem chances de passar para a próxima etapa. Portanto, ele não deve perguntar como foi no teste, se tem chances. Isso demonstra muita ansiedade e insegurança e a decisão final é da empresa ou da consultoria de RH. Ela tem o resultado das outras etapas do processo.
Fonte: Exame
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