Apesar da instabilidade política do País, que recai sobre o humor da economia, o número de empresas abertas em Minas Gerais cresceu 4,6% e as extinções de negócios caíram 22% no acumulado deste ano até julho, na comparação com o mesmo período de 2016.
De acordo com a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), o número de empresas constituídas no Estado de janeiro e julho deste ano somou 24,6 mil contra 23,5 mil no mesmo intervalo de 2016, um crescimento de 4,6%. “Apesar das questões políticas, que causam instabilidade na economia, estamos tendo um retorno das empresas, especialmente na tentativa de resolver questões internas”, afirmou a diretora de Registro Empresarial do órgão, Lígia Xenes.
A abertura de negócios em Minas nos sete primeiros meses deste ano representou apenas 4,6% dos 533,8 mil processos e serviços realizados pela Jucemg ao longo do período.
O encerramento de empresas em Minas no acumulado até julho deste ano contabilizou 17,5 mil processos contra 22,4 mil extinções nos mesmos meses do exercício passado, uma queda de 21,9%. Para a diretora da Jucemg, “muitas empresas fecham por motivos diferentes, como despesas com aluguel, queda de vendas e receita”.
Simplificação – Além disso, Lígia Xenes lembrou que o recuo no número de extinções em Minas também reflete a simplificação do processo de fechamento de empresas, que, desde agosto de 2014, conta com a isenção de certidões negativas para o encerramento de empresas. A sincronia de dados com a Receita Federal do Brasil e órgãos federais e a não necessidade de comprovação de débitos fiscais para realizar a baixa contribuíram para facilitar o processo.
No acumulado do ano até julho, a abertura de novas empresas em Minas (24,6 mil) superou os fechamentos (17,5 mil) em 40,5%. Desde 2014 e até o ano passado, segundo já informou a diretora da Jucemg, a abertura de negócios no Estado vinha caindo cerca de 5% ao ano, segundo ela, um reflexo da economia nacional.
Em relação às alterações de empresas, que representam, conforme a diretora, uma tentativa dos empresários de buscar novos mercados e, até mesmo, o crescimento de alguns empreendimentos, foram 92,1 mil entre janeiro e julho deste ano contra 109,6 mil em igual período de 2016, uma redução de 16%.
A diretora da Jucemg explicou ainda que as alterações são processos que incluem desde mudança de endereços, de capital social e de sócios, até o que a entidade considera “transformações”, quando ocorre a mudança do tipo jurídico da empresa. “Isso ocorre com muita frequência”, frisou.
Fonte: Diário do Comércio