Quando você abraça o seu propósito e cresce com ele, você se transforma e amplia sua maneira de se posicionar e conquistar o que deseja.
Expressar nossa opinião e se impor não é uma tarefa fácil. A maioria das pessoas tem dificuldade de defender seus interesses ou até mesmo fazer algum pedido.
É comum nos perguntarmos o que “podemos” ou “devemos” fazer em determinadas situações: será que posso corrigir o meu chefe quando ele comete um erro? Posso criticar a piada ofensiva do meu amigo? Devo confrontar aquele colega de trabalho que pega no meu pé? Mesmo em relacionamentos íntimos, tememos a vulnerabilidade. Será que posso contar para minha esposa as minhas maiores inseguranças?
Todas as pessoas possuem uma espécie de limite para o que consideram como um “comportamento aceitável”. Esse limite é individual e é uma espécie de termômetro para o sucesso e o fracasso.
Quando saímos desse “aceitável”, podemos ser punidos, desprezados, demitidos. Ou podemos perder alguma oportunidade, uma promoção no trabalho, por exemplo.
Bom, mas o que determina seu limite de “comportamento aceitável”? Muito provavelmente, o seu poder naquele contexto. E o seu limite pode mudar bastante dependendo da situação.
Se o seu apartamento se valorizou e alguém vem fazer uma proposta para comprar o imóvel, seu limite é um. Já se você perdeu o emprego e precisa vender o apartamento para custear sua vida, o seu limite é outro.
O poder tem diferentes formas. Nas negociações, elas chegam como alternativas.
A questão é, quando temos muito poder, nosso limite é muito amplo. Assim, temos mais flexibilidade no nosso comportamento.
Mas quando temos pouco poder, temos pouca flexibilidade. Então, acontece algo chamado de “duplo vínculo de pouco poder”. Funciona assim: se você não se manifesta, não será notado. Se você se manifesta, pode ser punido.
O que fazer, então? Você precisa encontrar formas de expandir seu limite de “comportamento aceitável”.
Uma das estratégias que mais funciona para expandir a sua capacidade de se posicionar e defender os seus interesses é a “tomada de perspectiva”, que é simplesmente olhar o mundo pelos olhos da outra pessoa.
Quando você assume a perspectiva de alguém, você entende o que a pessoa realmente quer. Quando assumimos a perspectiva de alguém, podemos nos tornar mais determinados, assertivos e até admirados.
Se você compreende o que a pessoa realmente quer, fica mais fácil ir direto ao ponto em qualquer negociação.
Outra coisa importante é demonstrar alguma flexibilidade. Está comprovado que é mais provável que você feche uma venda se der duas condições para o seu cliente, por exemplo. Quando você oferece escolhas às pessoas, elas baixam a guarda e ficam mais propensas a aceitar a sua oferta.
Uma terceira e importante estratégia é angariar aliados. Você pode fazer isso ao defender outras pessoas e pedindo conselhos. Quando pedimos conselhos à outra pessoa você a deixa lisonjeada e demonstra humildade.
Ninguém gosta de alguém que fica se autopromovendo. Mas se você pedir conselhos sobre uma de suas conquistas, é possível ser competente aos olhos dos outros, além de admirado. E isso é muito poderoso.
E uma última dica: explore o que te faz bem e o que gosta. Quando você faz isso, adquire a coragem e a permissão dos outros para falar. Busque se aprimorar no que faz, e busque fazer com leveza.
Quando você abraça o seu propósito e cresce com ele, você se transforma e amplia sua maneira de se posicionar e conquistar o que deseja.
Por Thiago Godoy
Fonte: Infomoney