Por um lado, o home office foi aprovado: 96% das empresas devem manter alguma forma de modelo híbrido no futuro. E por outro lado, a maioria das pessoas acredita que os relacionamentos foram impactados negativamente pelo trabalho remoto.
Os dados, da “Pesquisa Nespresso Professional: O Futuro do Ambiente de Trabalho no Cenário Pós Pandemia”, mostra a complexidade do cenário que aguarda as empresas a partir de agora.
Para realizar o relatório, a Nespresso Profissional fez quatro pesquisas com mais de 600 pessoas, entre elas funcionários, líderes e gestores de Recursos Humanos. E ainda foram reunidos estudos de outras instituições, como ManPower Group, PWC, Accenture, Cisco e Microsoft.
Segundo Bianca Carmignani, Head de RH da Nespresso no Brasi, o objetivo da pesquisa era organizar a diversas informações divergentes sobre o remoto para ajudar as empresas na hora de dialogar sobre as novas práticas de trabalho.
“Acho que uma das conclusões mais importantes é que, independentemente do modelo, diversos assuntos vieram à superfície que não estavam necessariamente sendo tratados pelas organizações. Para o futuro, temos que entender o protagonismo do colaborador e também a fragilidade do líder”, diz.
Um ponto importante que mostra isso e deve ser observado no futuro é a atenção para o bem-estar. O modelo híbrido foi avaliado por 83% dos funcionários como o ideal para promover a saúde mental e bem-estar. No entanto, 41% dizem que sentiram que a saúde mental foi prejudicada.
Para 49% dos entrevistados, o tema precisa continuar em destaque no mundo do trabalho pós-pandemia.
Como será o retorno
De acordo com a pesquisa, 44% das empresas marcaram o retorno ao trabalho presencial ou híbrido para o primeiro semestre de 2022.
Embraer e Google fazem parte das empresas que resolveram não adiantar o retorno ao escritório ainda em 2021. No próximo ano, as empresas já têm planos sobre como será o seu trabalho híbrido, mas sempre contando com a flexibilidade para aprender com o modelo e se adaptar.
No Google, os funcionários terão a opção de ir ao escritório cerca de três dias na semana. A empresa também dará a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar por quatro semanas no ano. Já a Embraer estima que 70% da sua equipe poderá trabalhar de forma híbrida ou totalmente remota.
O que todos conseguem concordar é que a forma de trabalhar remotamente a partir do próximo ano será bem diferente do que foi vivido nos tempos de pandemia.
O relatório da Nespresso aponta quatro pontos para considerar nessa nova etapa para o home office:
Essas mudanças tocam em pontos que foram considerados as maiores desvantagens do home office por gestores e funcionários, como a falta de interação com colegas e administrar a educação dos filhos em casa.
As sete vantagens do trabalho remoto para os gestores
Na comparação entre vantagens e desvantagens, os pontos positivos do home office ficam na dianteira.
Enquanto o ponto mais negativo (a falta de interação) foi destacado por 42% dos entrevistados, os pontos positivos superam essa perspectiva: 66% e 58%, respectivamente, viram os benefícios de ter menos horas sendo investidas no trânsito e mais tempo para ficar com a família.
“Discutimos muito sobre a mudança da rigidez para vivermos em uma realidade mais fluida. O ambiente mais flexível não é uma questão de localidade”, fala a executiva de RH.
Fonte: Exame