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As 4 inteligências da liderança inspiradora

9 de novembro de 2018 / Carreira / por Comunicação Krypton BPO

No seu livro “A quarta revolução”, o economista Klaus Schwab, aponta que atualmente, enfrentamos uma grande diversidade de desafios, e entre eles, o mais intenso e importante é o entendimento e a modelagem da nova revolução tecnológica, a qual implica nada menos que a transformação de toda a humanidade. Estamos no início de uma revolução que alterará profundamente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.

Portanto, é de crucial importância, o entendimento do conceito liderança inspiradora e das 4 inteligências necessárias para o líder da atualidade vencer os impactos que serão causados pelo advento desta revolução.

Liderança inspiradora
Mas, antes de falar sobre as 4 inteligências, é preciso falar sobre o conceito de liderança inspiradora. Ela é capacidade que um líder possui para inspirar as pessoas com uma visão convincente de futuro, garantindo uma direção clara onde todos possam trabalhar coletivamente para o alcance de um objetivo em comum. É um estilo exemplar de liderança que enaltece as forças de virtude e caráter de pessoas e equipes, energizando e criando um senso de propósito com impulso para mudança.

Essencialmente, um líder inspirador possui uma visão que está acima e adiante do seu tempo: é uma visão de futuro. Além disso, sabe inspirar pessoas com esta visão, fazendo-as assumirem missões ousadas e responsabilizarem-se pelos resultados. Os líderes inspiradores não comandam equipes, ao contrário, desenvolvem e performam equipes.

Liderança inspiradora, portanto, é a capacidade de articular uma visão compartilhada para assumir riscos de forma inteligente e direcionada. Lembrando que toda inspiração exige um grau de vulnerabilidade: líderes que compartilham suas ideias inovadoras nem sempre serão bem-vindos, pois sempre existirão pessoas dispostas a reforçar o medo e a mesmice. Líderes inspiradores incomodam as pessoas que estão na zona de conforto ou acomodação, este é o preço a se pagar pelo progresso.

A dica aqui é procurar se cercar de pessoas que também pensam “acima e adiante” do seu tempo. Neste quesito, Klaus Scwab complementa em seu livro: “Precisaremos de líderes inteligentes emocionalmente e habilidosos para modelar e fazer prosperar um trabalho cooperativo. Eles precisarão ser coaches ao invés de comandar; precisarão dirigir por empatia, não pelo ego. A revolução digital precisa de uma liderança diferente e humanizada.” Portanto, faz-se necessário à partir desta reflexão, o entendimento das 4 inteligências que serão mais exigidas na liderança moderna: inteligência contextual, inteligência física, inteligência emocional e inteligência inspiracional.

1. Inteligência contextual
É a “mente” da liderança e da organização, tem a ver como o líder se orienta para orientar a organização. Podemos citar alguns líderes que possuem esta inteligência, como Steve Jobs, Warren Buffet, entre outros. Estes líderes possuem uma habilidade ímpar de antecipar tendências, pois estão “antenados” com o contexto sócio-econômico mundial.

Para que isso ocorra, são necessárias 3 habilidades específicas:

  • Contextualização: É a capacidade e disponibilidade de antecipar tendências e “unir pontos”, reunindo conhecimentos e informações de diversas redes de contato (internas e externas).
  • Adaptabilidade: É a capacidade de adaptar-se rapidamente à uma nova tendência, utilizando os conhecimentos e informações adquiridos do contexto para desenvolver e implementar mudanças.
  • Conectividade: É a capacidade de redistribuir os conhecimentos e e informações adquiridos do contexto para suas redes de contato, gerando parcerias eficazes para o alcance dos resultados.

2. Inteligência física
É literalmente, saber cuidar do “corpo” ou o entendimento de como um líder nutre o seu bem-estar. Nunca foi tão exigido dentro do ambiente corporativo a prevenção e manutenção da saúde organizacional, ou seja, um líder precisa ter a consciência exata de como manter sua saúde corporal e mental, e saber também qual é o seu limite e de sua equipe. Para que isso ocorra, são necessárias 3 habilidades específicas:

  • Consciência corporal: É a capacidade de ter consciência do seu corpo reconhecendo os movimentos corporais e os estímulos sensoriais (visão, audição e sinestesia).
  • Estado de presença: É a capacidade de manter-se em concentração focada (corpo e mente) utilizando todas as sensações e percepções que possam possibilitar um impacto positivo na maneira de ser, pensar e agir.
  • Resiliência: É a capacidade de movimentar-se conforme as complexidades dos desafios, procurando entender e aprender novas maneiras para manter seu corpo e mente com harmonia nas situações de estresse.

3. Inteligência emocional
É o “coração” da liderança e da organização. Tem a ver como a liderança processa e gerencia as emoções no ambiente de trabalho. Para que isso ocorra, são necessárias 3 habilidades específicas:

  • Autorregularização: É a capacidade de compreender e saber controlar e expressar suas emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.
  • Empatia: É a capacidade de saber adaptar-se compreensivamente à manifestação das emoções dos outros pela interpretação da linguagem verbal e não verbal.
  • Habilidades Sociais: É o conjunto de capacidades comportamentais que fundamentam a comunicação e as interações sociais (assertividade, comunicação empática e relacionamento interpessoal).

4. Inteligência inspiracional
É a “alma” da liderança e da organização. É como o líder se inspira para poder inspiras às pessoas à sua volta. Para que isso ocorra, são necessárias 3 habilidades específicas:

  • Senso de propósito: É a capacidade de inspirar um propósito fomentando impulsos criativos que elevem a consciência coletiva e moral, com base em um forte “sentimento compartilhado de destino”.
  • Engajamento: É a capacidade de gerar um sentimento generalizado de objetivo comum onde todos se sintam coletivamente responsáveis pelo alcance dos resultados.
  • Confiança: É a capacidade de promover um clima de confiança mútua no trabalho em equipe para que as decisões estejam alinhadas ao interesse em comum e nunca na busca dos interesses interesses individuais.

Conclusão
Criar uma cultura corporativa inspiradora é saber preparar a liderança para os impactos da indústria 4.0, pois, no futuro a demanda recairá muito mais sobre as habilidades de resolução de problemas complexos, competências sociais e de sistemas e menos sobre as habilidades físicas ou competências técnicas específicas.

Fonte: Mundo RH

Fonte da imagem: Projetado pelo Freepik

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