No acelerado ritmo dos negócios atuais, parece ser frequente que algumas informações passem despercebidas pela, muitas vezes, equivocada ideia de salvar tempo ou recursos. A realidade mostra que não dar a suficiente atenção ao conhecimento de um cliente ou fornecedor, pode ocasionar uma catástrofe. São incontáveis os casos de companhias que sofreram prejuízos financeiros ou reputacionais como resultado de parcerias equivocadas.
Tais danos afetam não somente as empresas, internacionais ou locais, diretamente envolvidas, mas, principalmente nos casos que envolvem setor privado, os impactos chegam à toda uma rede de negócios, prejudicando também milhares de pessoas.
A fim de evitar esse tipo de prejuízo, empresas e governos procuram cada vez mais solidificar os processos de qualificação de fornecedores, cercando-se de informações capazes de identificar riscos em potencial.
Um tipo de avaliação relevante, porém ainda pouco utilizada, no momento de busca por novos fornecedores é o tamanho do impacto de ações judiciais no lucro de empresas. A boa notícia é que já existem scores jurídicos que apresentam de forma simples a vulnerabilidade financeira da empresa frente a litígios.
Ter um processo padronizado para avaliação de novas parcerias é parte importante na gestão eficaz de um portfólio, evitando riscos comerciais e financeiros. Com mais frequência, as companhias adotam sistemas capazes de agrupar toda a documentação exigida de fornecedores, proporcionando transparência e agilidade aos processos.
Idealmente, as análises não devem parar somente no momento de onboarding de fornecedores; o monitoramento é essencial para decisões preventivas e estratégicas. Existem ferramentas que permitem o acompanhamento frequente de certidões negativas de débito, protestos e refinanciamentos bancários de uma empresa, sinalizando os primeiros sinais de problemas financeiros.
Verificar a suscetibilidade de uma empresa a decisões externas, como por exemplo, perder um grande contrato, é mais um mecanismo para proteger-se de riscos. A dependência de uma empresa em relação aos seus clientes também é uma informação facilmente verificada com uma análise de dependência desse grupo.
Como afirma Marcos Maciel, diretor da CIAL Dun & Bradstreet no Brasil, companhia líder em informações comerciais: “Empresas perdem milhões e até desaparecem por uma administração de risco errada. Já, as organizações mais fortes do mundo utilizam informação em seu favor”.
O mundo comercial informatizado com atualizações automáticas oferece às empresas a possibilidade de contar com informação chave em tempo real. O acesso fácil a essas informações permite que as empresas direcionem energia para a análise estratégica dos seus parceiros ao invés de tarefas operacionais de coletas de dados. O gerenciamento do risco não é um nome para congressos e eventos corporativos, é uma opção que as companhias que aspiram crescer inteligentemente têm disponível.
Fonte: InfoMoney