Ativo Circulante representa todos os bens que a empresa pode liquidar no curto prazo, ou seja, converter em dinheiro dentro de um curto período de tempo.
Uma das principais funções da contabilidade é a geração de informações sobre uma determinada empresa. E esses dados podem (e devem) ser usados tanto por agentes externos quanto por agentes internos do negócio, visando auxiliar em atividades como fiscalização, planejamento do empreendimento, compra de ações etc.
Entretanto, em um balanço patrimonial completo e rico em informações úteis, são muitos os conceitos que devem ser apresentados. Apesar de a maior parte deles se tratar de conceitos relativamente simples, costumam causar grande confusão na cabeça de empreendedores menos experientes. Esse é o cado do ativo circulante e ativo não circulante.
Você também tem dúvida no uso certo desses dois conceitos? Descubra abaixo tudo o que você precisa saber sobre cada um deles antes de realizar um relatório contábil completo:
Balanço patrimonial
O balanço patrimonial, de maneira resumida, é uma demonstração contábil reflete a posição patrimonial e financeira da empresa analisada em um determinado período.
Através da análise do balanço patrimonial é possível compreender exatamente onde os recursos financeiros da empresa estão sendo alocados e, com isso, embasar a tomada de decisão, seja como gestor ou como acionista no mercado financeiro.
Com isso em mente fica muito mais fácil compreender exatamente o que o ativo circulante representa e qual é a sua diferença em comparação com o ativo não circulante.
O que é um ativo?
Antes de definirmos os conceitos de ativo circulante e ativo não circulante, precisamos entender o que é, afinal, um ativo. Pode ser considerado como um ativo todos os recursos que são controlados por uma empresa e que se espera que, no futuro, resultarão em benefícios econômicos. Como a finalidade de um negócio é gerar lucros, os ativos podem ser compreendidos como aplicações de bens e direitos que visam criar ganhos a curto, médio ou longo prazo.
Por fim, para que algo possa ser considerado um ativo é preciso cumprir quatro requisitos:
Trazer benefícios ou expectativa de benefícios para a empresa; Ser um bem ou direito da empresa; Ser propriedade da empresa; Possuir valor monetário.
É importante ressaltar que um ativo ainda pode ser tangível — ou seja, tudo aquilo que existe fisicamente e pode ser tocado — ou intangível — sendo tudo aquilo que não existe fisicamente, mas que possui valor monetário. Um exemplo, nesse caso, é a marca da empresa.
Ativo circulante
Como o próprio nome já nos dá uma noção, ativos circulantes são o contrário dos ativos não circulantes.
Ativo circulante é composto por diversas categorias de ativos que possuem alta liquidez, ou seja, podem ser transformadas em dinheiro dentro de um curto prazo. Entre as categorias do ativo circulante podemos citar algumas:
Um ativo circulante possui alta liquidez e constará nas contas de uma empresa que estarão sempre em constante movimento, sofrendo diversas alterações enquanto esta empresa realiza sua atividade comercial principal.
Como exemplos de ativos circulantes temos a conta bancária de uma empresa, duplicatas a receber de clientes ainda neste exercício contábil, estoques de material para venda, despesas antecipadas, adiantamentos a fornecedores, resgate de aplicações financeiras ou investimentos de curto prazo. Nessa lista entram até mesmo impostos a serem recuperados, como PIS, ICMS ou COFINS — dependendo do regime de tributação escolhido pela empresa.
O que é um ativo não circulante?
O ativo não circulante pode ser compreendido como todos aqueles ativos tangíveis ou intangíveis que, por mais que tenham algum valor de mercado e possam ser transformados em dinheiro, demoram algum tempo até que se consiga realizar esta ação. Assim, eles são caracterizados como ativos de baixa liquidez.
Alguns exemplos de ativos não circulantes de uma empresa são veículos, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, duplicatas ou aplicações a serem recebidas no próximo exercício contábil, patentes, propriedade intelectual, direitos autorais etc.
Vale lembrar que exercício contábil é compreendido, geralmente, como um período de 12 meses de transações contábeis de uma empresa, sendo considerado tudo que acontece durante esse período como curto prazo.
Qual é a diferença entre ativo circulante e ativo não circulante?
A diferença entre ativo circulante e ativo não circulante é apenas que o ativo circulante pode ser comercializado no curto prazo enquanto o ativo não circulante costuma demorar um período maior para ser vendido.
Porém, ambos representam valores que a empresa possui como seus. Para exemplificar, possuímos o estoque da empresa, composto por produtos que são diariamente vendidos. Estes são muito fáceis de serem transformados em dinheiro líquido, enquanto se a empresa possuir um imobilizado, como um prédio por exemplo, este tende a demorar muito mais para ser comercializado pelo preço que está avaliado.
Outro bom exemplo é o dinheiro que a empresa já possui em caixa. Este é um ativo circulante, enquanto uma máquina de fabricação têxtil avaliada em R$ 500.000,00 pode levar um bom tempo para ser vendida, caso a empresa precise liquidar este bem.
Conclusão
Para concluir, conseguimos perceber a importância da análise do balanço patrimonial e a compreensão precisa dos ativos circulantes e ativos não circulantes como a representação real do capital alocado na empresa. A falta de liquidez, tida através de grandes valores investidos em ativos não circulantes, pode vir a ser um grande problema para uma empresa.
O risco é muito menor quanto o ativo circulante representa uma boa fatia do ativo total da empresa, já que a qualquer momento aquele valor pode ser liquidado sem maiores dificuldades.
Fonte: eGestor