Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, o destaque ficou com o cheque especial, que baixou de 119,6% ao ano para 117,1% ao ano de abril para maio
A taxa de juros, nas principais modalidades, para pessoa física, devido aos efeitos econômicos da pandemia, teve queda, de acordo com o Banco Central. Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, o destaque, de acordo com as estatísticas do BC, ficou com o cheque especial, que baixou de 119,6% ao ano para 117,1% ao ano de abril para maio. No crédito pessoal, a taxa passou de 34,7% para 33,3% ao ano.
Em geral, a taxa média de juros cobrada pelos bancos no crédito livre, no mês, ficou em 29,5%, inferior à cobrada em abril, de 31,3% e também abaixo da praticada em maio de 2019, de 37,9%. Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 44,6% para 42,7% ao ano de abril para maio, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 15,7% para 14,2% ao ano.
O BC informou, ainda, que o crédito ampliado a empresas e famílias alcançou R$6,3 trilhões (86,1% do PIB), com crescimento de 1,8% no mês e de 17,8% em doze meses. A variação mensal refletiu, principalmente, o efeito da depreciação cambial na dívida externa, que aumentou 6,3%, seguida pela expansão de 0,5% nos títulos de dívida, devido à elevação de 2,3% em títulos privados (notadamente pelas emissões de notas comerciais).
A variação em doze meses do crédito ampliado a empresas e famílias é explicada principalmente por crescimentos de 35,2% na dívida externa, estimulada pela desvalorização cambial, e de 24,5% nos instrumentos do mercado de capitais doméstico.
O spread (diferença entre o custo de captação dos recursos pelos bancos e o que eles cobram dos clientes) nas operações de crédito também caiu. No crédito livre, segundo o BC, passou de 26,2 pontos porcentuais em abril para 24,6 pontos porcentuais em maio. Para pessoa física, no crédito livre, foi de 38,8 para 37,2 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 11,3 para 10,1 pontos porcentuais.
Fonte: Correio Brazieliense