Um grupo de cientistas desenvolveu um exoesqueleto com inteligência artificial capaz de ajudar em uma infinidade de tarefas do dia a dia, incluindo caminhar e correr. Criado por pesquisadores da Carolina do Norte, Estados Unidos, o equipamento pode ser equipado em menos de um minuto e ajuda na mobilidade diária.

Desenvolvido por cientistas da Universidade Estadual da Carolina do Norte membros do Laboratório de Biomecatrônica e Robótica Inteligente, o exoesqueleto aproveita o conhecimento e a interpretação de IA para facilitar em ações rotineiras, adaptando o software para novos usuários de forma automática.

A ferramenta ajuda usuários em tarefas banais, como caminhar, correr e carregar peso com mais facilidade, complementando a força do usuário. A solução é quase como uma cópia do Esqueleto Energizado, item de Death Stranding que permite que o protagonista Sam Porter Bridges carregue mais encomendas de uma vez só sem perder equilíbrio.

Para isso, o robô usa inteligência artificial para prever os movimentos do portador e seus arredores, assim auxiliando ações quase de forma instantânea.

No primeiro uso, é possível sentir o equipamento “puxando sua perna” e antecipando seu movimento, observa o pesquisador Ivan Lopez-Sanchez, um dos membros do laboratório.

Contudo, depois de um certo tempo de uso, o portador se acostuma com a interpretação da máquina e passa a se movimentar de forma sincronizada.

Treinamento virtual mais barato

O Dr. Hao Su, outro pesquisador envolvido no projeto, menciona que o treinamento do exoesqueleto acontece totalmente de forma virtual, em vez de depender da simulação em cenários reais — humanos em esteiras, por exemplo.

“Ele [o exoesqueleto] apenas precisa ser treinado em um computador por cerca de 8 horas”, menciona. Depois disso, o portador já pode andar, correr e até subir escadas.

A solução pode ser utilizada por pessoas com dificuldade em mobilidade, como idosos ou deficientes. Contudo, para isso seria necessário um treinamento específico do equipamento.

Agora, o laboratório da Universidade da Carolina do Norte trabalha em novos modelos e experimenta estruturas para tornar o equipamento mais confortável e voltado para o uso humano.

Segundo Su, o exoesqueleto atualmente custa US$ 10 mil (cerca de R$ 55,7 mil na cotação atual) para ser construído, o que é um preço competitivo para outras soluções do mercado, mas ainda proibitivo. A equipe também se dedica em tornar o equipamento mais barato e acessível.

Fonte: TecMundo