Certamente, não resta dúvida quanto à competitividade elevada do mercado, o qual, após a popularização da internet, nunca mais foi o mesmo. Outro advento marcante e simultâneo a todo esse processo foi o aumento da quantidade de pessoas com um smartphone. Junte todos esses elementos e imagine diversas empresas disputando a atenção dos mais variados consumidores. Se você é gestor de uma dessas empresas, a boa notícia é que nem só de disputas vive o meio corporativo. Prova disso é o co-branding.
Nunca ouviu falar em co-branding? Continue a leitura e descubra não apenas do que se trata, mas tudo o que ele pode fazer pelo seu negócio!
O que é co-branding e como funciona essa estratégia?
Quando duas organizações enxergam benefícios na união de suas marcas, elas podem firmar uma parceria, ou seja, realizar o chamado co-branding. O grande objetivo dessa cooperação é o lançamento de um serviço ou produto que contemple as marcas em questão.
Embora a expressão soe um pouco estranha para quem não está ambientado com ela, o fato é que o co-branding nem é uma prática nova. Na verdade, um dos ótimos exemplos dessa variante de parceria empresarial é de 2006.
Na época, a Apple estabeleceu um acordo de cooperação com a Nike, na qual um dos tênis da última era capaz de se integrar ao iPod. A ideia deu tão certo que a parceria se manteve desde então. Atualmente, ela está presente em um kit denominado Nike + iPod Sport.
Outra excelente ilustração é a parceria entre estúdios de cinema e fabricantes de alimentos ou restaurantes. Sabe quando uma marca de salgadinhos brinda seus consumidores com brinquedos da Marvel? Ou quando personagens infantis são usados como brindes pelo McDonald’s? Ou ainda quando esses personagens ganham o uniforme de um clube de futebol? Tudo isso é possível devido às estratégias criadas a partir do co-branding.
Antes que você já desista, por acreditar que o co-branding é mais uma daquelas estratégias exclusivas de multinacionais, calma! O co-branding é tão versátil que ele se aplica a diversas situações. A título de ilustração, novamente, veja o case de sucesso da My Sweet Brigadeiro com a Häagen-Dazs.
Nessa parceria nova-iorquina, a renomada produtora de sorvetes decidiu desenvolver um sabor brigadeiro com base na receita da My Sweet. Com isso, a produtora de brigadeiros de pequeno porte viu a sua marca estampada em um dos potes da Häagen-Dazs.
A partir desse exemplo, basta usar a imaginação para pensar em todas as possibilidades de união entre marcas e não só no universo gastronômico. O caso também é exemplar no sentido de desmistificar a utilização do conceito que move essa espécie de sinergia corporativa.
Quais são as vantagens do co-branding para empresas?
Agora que você está bem-informado a respeito de todo o potencial por trás do co-branding, falta se inteirar sobre as vantagens propiciadas por ele.
Aumento do alcance da marca
Seguramente, a vantagem mais evidente do co-branding se refere ao crescimento da popularização das marcas. Isso acontece porque todas as marcas envolvidas ganham mais poder de circulação. Por meio de uma estratégia de marketing digital cuidadosa, a parceria pode alcançar o público-alvo em diferentes formatos e lugares.
Aonde uma das marcas for, a outra vai também, e vice-versa. Se as empresas atuarem em nichos diferentes, o alcance das marcas se torna ainda mais amplo. Esse é o exemplo do co-branding dos estúdios cinematográficos com as empresas do ramo alimentício — sejam ou não food service.
De volta à parceria entre a My Sweet Brigadeiro a Häagen-Dazs, fica fácil notar o ganho de divulgação da primeira marca. Afinal, a segunda é conhecida em muitos locais do mundo. A conquista da Häagen-Dazs está na oportunidade de usar uma receita exclusiva de brigadeiro em sua renomada linha de sorvetes.
Estabelecimento da credibilidade no mercado
Muitas vezes, tudo o que falta para uma marca pequena decolar é a companhia de uma marca já conhecida. Como demonstrado, a presença de uma empresa famosa faz toda a diferença na divulgação. Mas fazer com que a marca chegue ao público-alvo é um dos benefícios do co-branding.
Ao observar que uma de suas marcas de confiança está ao lado da marca “X”, o consumidor tende a atribuir a mesma credibilidade à marca, até então, desconhecida. A empresa “X” poderia conquistar esse mesmo nível de confiança? Poderia, mas seria muito mais difícil e lento.
Garantia de mais recursos financeiros para o marketing
Outro benefício do co-branding é o compartilhamento dos gastos atrelados ao marketing das campanhas de apresentação da parceria. Uma vez que a colaboração comece a render bons resultados, o dinheiro investido será recuperado. Depois disso, o produto ou serviço pode continuar circulando por anos, como no exemplo da Nike e Apple. Todas as reformatações da estratégia serão decididas em conjunto.
Como selecionar possíveis parceiros para co-branding?
Para que a união funcione, entretanto, o ideal é que ambas as organizações interessadas no processo se reúnam, a fim de desenvolver uma estratégia empresarial conjunta. Geralmente, o co-branding gera campanhas de marketing que possam criar e explorar ótimas oportunidades de conversão de vendas.
Mas, como você já sabe, a concretização de uma venda bem-sucedida depende de muitos cuidados. Toda aquela dedicação atual das empresas em atrair a atenção do público-alvo, cativá-la e, só então, ofertar o produto também vale para o co-branding. Isso permite afirmar que a adoção de técnicas de vendas testadas e aprovadas também é indispensável.
Existem, portanto, alguns aspectos que merecem todo o cuidado. Um deles é a importância de considerar o público-alvo de ambas as empresas interessadas em somar suas forças. Os clientes usuais de uma marca não podem ser conflitantes com os da outra, sob risco de criticarem a parceria.
Obviamente, isso seria péssimo para todas as marcas contempladas pela parceria. A solução mais utilizada é comparar as brand-personas e, dessa forma, averiguar o que elas têm em comum. Com uma sintonia fina e uma estratégia detalhada, as marcas conseguem se alinhar e desenvolver uma parceria de sucesso.
Cumpre salientar que a escolha de parceiros com estruturas muito distantes aumenta o risco de insucesso. Logo, é imprescindível que ambas as marcas estejam em condições de acompanhar o ritmo proporcionado pelo sucesso do negócio. Em resumo: se a demanda de um determinado produto aumentar, a empresa parceira deve ser capaz de atendê-la.
Antes de aderir ao co-branding, cabe a cada empresa realizar um estudo profundo sobre as postulantes do negócio. Assim, é possível identificar qual será o verdadeiro ganho proporcionado pela parceria, além da detecção do grau de risco inerente à operação. Por fim, mas não menos determinante, é preciso ter um bom planejamento para a aplicação da estratégia elaborada.
E você, já havia pensado em todas as possibilidades proporcionadas pelo co-branding? Compartilhe a ideia com seus amigos nas redes sociais para ver o que eles acham da ideia!
Fontes: Blog da Fortes
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