Viver desengajado ou ter um time desengajado não é uma realidade saudável para nenhum negócio. Veja como mudar isso
Você já vivenciou alguma realidade profissional em que não sentia conexão com o trabalho, ou até mesmo estava totalmente apático, à margem ou entediado? Essa é a realidade da maioria esmagadora dos profissionais.
Por um lado, essas pessoas estão totalmente infelizes em suas carreiras, por outro, líderes enfrentam um desafio tremendo com times desmotivados e improdutivos. Esses sintomas, tanto a nível pessoal como gerencial, representam uma das maiores crises do comportamento humano na atualidade:
A falta de engajamento vem devastando carreiras e organizações e, na maioria das vezes, indivíduos não sabem como lidar com isso. Líderes não sabem exatamente como motivar e desafiar seus times, e, como consequência, a rotatividade se torna alta, ao mesmo tempo em que a produtividade e resultados se tornam cada vez menores. Fora isso, carreiras que poderiam ser brilhantes, são despedaçadas.
Francamente, viver desengajado ou ter um time desengajado não é uma realidade saudável e muito menos aceitável, não é mesmo? Vamos olhar agora o outro lado da moeda, o estado de flow ou engajamento.
O principal pesquisador da teoria do flow foi o professor de psicologia Mihaly Csikszentmihaly, que comenta que podemos perceber as seguintes características quando atingimos esse estado:
Pense por um momento em quais situações de sua vida pessoal ou profissional você se identifica com o estado de flow ou engajamento. Muitos citam um projeto desafiador que foi realizado ou uma fase em que as coisas simplesmente fluíram.
O flow ocorre quando dois elementos se encaixam perfeitamente. Se você conseguiu identificar uma situação pessoal, vai se familiarizar com esses elementos:
1. A atividade é intrinsecamente motivadora
O primeiro elemento indica que, para entrar em flow, precisamos realmente gostar e querer realizar a atividade ou profissão. Não existe engajamento de fora para dentro, é necessário encontrar significado para o que fazemos e trazer motivação de dentro para fora.
Isso envolve questões como objetivos pessoais, o significado que atrelamos às atividades, valores que são satisfeitos ao se executar e, principalmente, a utilização de nossas forças e talentos em nossas funções.
2. Relação entre desafio e competência
O segundo elemento mostra a necessidade de o nível do desafio estar à altura da nossa competência para resolvê-lo. Ou seja, à medida que nossas habilidades e competências aumentam, nos sentimos entusiasmados e no controle para lidar com os desafios.
Em resumo, se formos já bastante habilidosos ou competentes, podemos aumentar o nível do desafio para entrar em flow. Já se o desafio nos preocupa ou traz ansiedade, é importante que busquemos de imediato nos desenvolver para estar à altura dele, e assim voltar ao estado de flow.
Nesse ponto, quero promover a seguinte reflexão em você leitor: em sua realidade atual, onde você se encaixa na relação entre desafios e habilidades?
Independentemente de onde você se encaixe na relação de desafios e habilidades, buscar o flow faz parte da busca por uma vida mais significativa. Pessoas que vivem em flow apresentam:
Vamos pensar juntos: é possível competir com alguém com essas características? Pois é! Não à toa que pessoas engajadas são capazes de atingir muito mais resultados do que as demais.
A diferença de performance e realização pessoal entre uma pessoa em flow e outra desengajada é simplesmente avassaladora para ser negligenciada. Uma boa notícia é que os elementos que promovem o flow e o engajamento estão totalmente sob nosso controle.
Eles envolvem uma motivação genuína (intrínseca) e a medida certa entre a dificuldade do desafio que nos submetemos e o grau de nossas habilidades.
Com isso, espero que você tenha se inspirado a se engajar plenamente em suas atividades, para que se torne cada vez mais competente, motivado, e para que conquiste muito mais resultados em sua vida pessoal e profissional.
Fonte: Administradores