A inteligência emocional, um conceito popularizado pelo psicólogo Daniel Goleman na década de 1990, ganhou renovada relevância no contexto contemporâneo. Esta habilidade, que engloba o reconhecimento, a compreensão e o manejo das emoções, pode desempenhar um papel crucial na tomada de decisões e no manejo de conflitos, segundo pesquisas recentes.

Uma pesquisa publicada na revista científica “Emotion” em 2023, conduzida por pesquisadores da Universidade de Yale, sugere que as pessoas com maior inteligência emocional tendem a tomar decisões mais assertivas. O estudo, que contou com a participação de 2.000 adultos, mostrou uma correlação direta entre altos níveis de inteligência emocional e decisões bem fundamentadas e estratégicas.

A Dra. Isabel Santos, líder do estudo, explica: “As pessoas com alta inteligência emocional têm uma melhor compreensão de seus sentimentos e emoções. Elas conseguem separar emoções passageiras de valores duradouros e por isso são capazes de tomar decisões mais consistentes e eficazes”.

Além disso, a inteligência emocional também pode desempenhar um papel importante no manejo de conflitos. Um estudo recente da Universidade de Cambridge, publicado no “Journal of Applied Psychology“, mostrou que indivíduos com maior inteligência emocional são mais bem-sucedidos na resolução de conflitos. Eles são mais propensos a adotar estratégias de resolução de conflitos que resultam em soluções ganha-ganha, promovendo relações de trabalho mais saudáveis e produtivas.

Segundo o Dr. Richard Lewis, autor principal do estudo, “A habilidade de entender e gerir as próprias emoções e as dos outros é essencial na resolução de conflitos. Indivíduos com alta inteligência emocional conseguem manter a calma e a clareza de pensamento durante situações tensas, o que lhes permite encontrar soluções mutuamente benéficas”.

Para aqueles que buscam equilíbrio em seu dia a dia e maneiras mais eficazes de lidar com conflitos, aprimorar a inteligência emocional pode ser um passo fundamental. Felizmente, ao contrário do quociente de inteligência (QI), que permanece relativamente estável ao longo da vida, a inteligência emocional pode ser desenvolvida e aprimorada através de práticas conscientes, como a meditação, a terapia cognitivo-comportamental e o treinamento em habilidades de comunicação.

Com as evidências crescentes de seu impacto positivo na tomada de decisões e na resolução de conflitos, a inteligência emocional está se tornando cada vez mais reconhecida como uma habilidade essencial para a vida no século 21. Para um futuro de decisões assertivas e gestão eficaz de conflitos, vale a pena investir no desenvolvimento da inteligência emocional.

Fonte: Mundo RH