Em tempos que exigem maturidade, resgatar um importante valor da infância pode ser a solução para a sustentabilidade da sua carreira
O momento é de desaceleração econômica em muitos setores e, além de todas as transformações na rotina dos profissionais devido ao isolamento social, as empresas também estão tendo que rever seus modelos de negócios.
A consequência é que o cenário exige profissionais ágeis e capazes de se adaptarem rapidamente às mudanças.
Quando uma mudança é necessária há duas opções: ou desenvolvemos flexibilidade e percebemos que somos mais capazes do que acreditávamos ser, ou paralisamos e ficamos apegados ao antigo.
Qual opção parece ser mais interessante para o seu futuro profissional? Eu sei, às vezes as mudanças assustam, ainda mais quando urgentes. Porém, praticar a adaptabilidade estimula o raciocínio, amplia nossa capacidade de tomar decisões e fortalece a resiliência – valores essenciais para o momento atual.
Como tudo, desenvolver uma habilidade é apenas uma questão de mudança de pensamento e muita prática.
A adaptação está ligada à nossa capacidade de percepção. Entenda, o mundo está em constante transformação. Mesmo antes da pandemia, mesmo antes da intensa chegada da tecnologia, mesmo antes de você nascer.
A natureza desse planeta é feita de ciclos, nossa biologia humana também. Cada fase exige adaptação e resistir é também negar se adaptar a vida como um todo. Ou seja, não estamos falando apenas da sua carreira, mas do seu bem-estar como indivíduo e da saúde das suas relações.
O quanto de energia criativa você desperdiça resistindo ao novo? Ao invés de se distrair acreditando que não consegue se adaptar a algo, que tal se, ao invés, você apenas se permitir ser curioso novamente, assim como era quando criança? Não à toa elas aprendem com tudo e todos e a todo o momento. Essa capacidade não é esquecida, no máximo fica empoeirada. Nada que um paninho de boa vontade não resolva.
Através da curiosidade, a base para qualquer novo aprendizado, tudo pode ser mais simples. A internet está munida de boas informações e de cases inspiradores. Você apenas precisa entender o que, de fato, você precisa aprender ou se estimular para ter uma boa ideia e pesquisar, pesquisar e pesquisar.
Mude o tempo todo. Reveja seus hábitos de consumo de informação. Quando acaba o seu expediente, o que você faz para relaxar? Que tipo de conteúdo consome? Que tipos de relações e atividades você se nutre?
Conversar sempre com as mesmas pessoas, assistir sempre o mesmo canal, ou tipo de série não te leva à novos olhares. Pode ser confortável, mas te limita e, atualmente, estamos tendo a oportunidade de perceber o quanto ter que ficar em casa, limitados às paredes, é incômodo.
Fonte: Exame
Foto: Freepik