Era uma vez um senhor de 45 anos, muito satisfeito com sua rotina. Joaquim era um executivo de uma grande empresa, mas ele vivia com uma certa angústia, como se faltasse algo. Ele sempre se perguntava: “E se eu fosse um barista?”
Claro que era estranho imaginar isso, Joaquim sequer gostava de café. Mas o que ele realmente ansiava era por aquela sensação de arte que ele via em cada xícara preparada pelos baristas do café que frequentava. Parecia que eles estavam sempre fazendo algo novo, criativo, algo que verdadeiramente gostavam.
Esta angústia de Joaquim, por incrível que pareça, não é incomum. Segundo dados de uma pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cerca de 60% dos profissionais brasileiros, acima dos 40 anos, sentem necessidade de redirecionar suas carreiras. No mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), este número chega a 55%.
Mas por que será que sentimos essa necessidade de recalculação? Parece que estamos no meio de uma viagem e de repente nosso GPS profissional grita: “Recalculando rota!”.
A questão é que muitos de nós escolhemos nossa carreira muito jovens, impulsionados por expectativas alheias ou pela necessidade financeira. Não é surpresa, então, que em algum momento percebamos que a nossa verdadeira paixão pode estar em outro lugar.
Como todo bom GPS, o nosso guia profissional tem uma função importante: nos levar ao destino desejado. Mas e se o destino mudar? Será que temos coragem de recalcular a rota? Para alguns, como Joaquim, essa decisão pode ser assustadora.
Então, um dia, Joaquim decide que é hora de fazer algo. Ele se matricula em um curso de barista. Surpresa: ele ainda não gosta de café. Mas ele descobre algo mais importante, a paixão pelo atendimento ao cliente, pela criação de experiências únicas, pelo olhar de satisfação de alguém que bebe uma xícara de café bem preparada.
No final das contas, Joaquim não se tornou um barista, mas sim um consultor de experiências do cliente. Ele descobriu que a essência do que o atraía no barista não era o café, mas a capacidade de transformar um simples produto em uma experiência memorável.
Nessa jornada, Joaquim aprendeu que a vida, assim como o GPS, está sempre pronta para recalcular a rota. E isso não é uma coisa ruim. É uma oportunidade de descobrir novos caminhos, novas paixões e, quem sabe, um novo destino.
Recalcular não significa desistir, mas sim se adaptar. Então, se o seu GPS profissional está gritando “Recalculando rota!”, não se assuste. É apenas uma oportunidade para redescobrir sua jornada. E lembre-se, o importante não é apenas o destino, mas como você aproveita a viagem.
No fim das contas, o GPS de Joaquim acertou o caminho. E o seu, para onde está te levando?
Recalcular a rota da sua carreira profissional pode ser uma tarefa desafiadora, mas não impossível. Aqui estão alguns passos que você pode seguir:
Lembre-se, recalcular a rota da carreira não é um sinal de fracasso, mas sim um ato de coragem. É normal querer novos desafios e buscar um trabalho que traga satisfação e realização. O caminho pode ser incerto às vezes, mas com planejamento e preparação, você pode encontrar uma carreira que seja gratificante e alinhada com seus objetivos de vida.
Fonte: Mundo RH