Quando tentamos trabalhar por mais de 90 minutos sem pausas, o cérebro entra em fadiga, diminuindo o desempenho e a concentração
O trabalho eficiente não depende apenas de dedicação, mas também de entender o funcionamento do cérebro. A neurocientista Mithu Storoni, em seu novo livro, aborda como podemos estruturar nossos hábitos de trabalho para aumentar a produtividade e manter o foco.
Com base em estudos sobre o ritmo do cérebro e a forma como ele alterna entre períodos de alta e baixa energia, Storoni sugere uma abordagem inovadora para otimizar o desempenho no trabalho.
O ciclo de descanso e atividade do cérebro
De acordo com pesquisas realizadas na década de 1960 pelo fisiologista Nathaniel Kleitman, nosso cérebro funciona em ciclos de 90 minutos, alternando entre momentos de alta atenção e queda de concentração. Esse ritmo, conhecido como Ciclo Básico de Atividade e Descanso (BRAC, na sigla em inglês), se reflete tanto no sono quanto nas atividades diárias, incluindo o trabalho.
Quando tentamos trabalhar por mais de 90 minutos sem pausas, o cérebro entra em fadiga, diminuindo o desempenho e a concentração. Ao respeitar esses ciclos naturais, podemos maximizar nossa produtividade, utilizando os primeiros 20 minutos para tarefas mais complexas e deixando as atividades mais leves para o restante do ciclo.
Storoni enfatiza a importância de fazer pausas curtas e regulares, além de priorizar o trabalho mais exigente no início dos ciclos de 60 a 90 minutos. Esses intervalos, conforme artigo da Fast Company, permitem que o cérebro se recupere e retorne ao trabalho com mais energia e foco, evitando a sobrecarga mental e o acúmulo de cansaço ao longo dos dias.
Adotar essas práticas, que respeitam os ciclos naturais do corpo, é essencial para quem deseja aumentar sua eficiência no trabalho sem sacrificar o bem-estar mental.
Fonte: Administradores