De acordo com um novo estudo, os humanos têm uma tendência generalizada de adicionar coisas na busca por soluções – mesmo quando a remoção de recursos é mais eficiente.
Como você age para resolver um problema? Quando as pessoas têm uma grande apresentação no trabalho ou precisam mudar sua estratégia de contratação, normalmente buscam soluções próprias e sugestões de colegas.
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De uma mudança na gestão de recrutamento a um slide adicional para um novo recurso de produto, todos terão algo a acrescentar. Mas você sabe o que ninguém irá sugerir? Retirar algo para resolver o problema.
De acordo com um novo estudo da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Nature, os humanos têm uma tendência generalizada de adicionar coisas na busca por soluções – mesmo quando a remoção de recursos é mais eficiente para resolver o problema.
Os pesquisadores realizaram uma série de experimentos, como, por exemplo, testes onde os participantes teriam que estabilizar estruturas de Lego até torna-las formas abstratas simétricas.
O resultado mostrou que os participantes pensam mais em “o que podemos adicionar aqui?”, sem sequer consideraram soluções subtrativas, que muitas vezes seriam a melhor opção para resolver o problema.
A indicação é que uma proposta para se livrar de algo pode parecer menos criativa do que surgir com algo novo a acrescentar.
“As soluções aditivas têm uma espécie de status privilegiado – elas tendem a vir à mente com rapidez e facilidade”, resume o coautor do estudo, Benjamin Converse. “Soluções subtrativas não são necessariamente mais difíceis de considerar, mas exigem mais esforço para serem encontradas.”
Na prática, o estudo sugere que algumas vezes menos é mais. Pessoas e empresas podem perder soluções mais simples, baratas e inovadoras, e criar inchaço e burocracia desnecessários em seus produtos e sistemas ao adicionar coisas.
Grandes líderes empresárias sabem da tendência das pessoas de adicionar complexidade aos problemas, por isso tentam estimular seus funcionários a ver abordagens inovadoras que considerarem soluções subtrativas. Steve Jobs, por exemplo, era um minimalista na resolução de problemas.
A pesquisa sugere também que colocar as pessoas sob menos pressão e dar mais tempo, pode ajuda-las a se concentrar e corrigir o viés da adição para resolver problemas. Discutir sobre o assunto também é a melhor forma de criar uma cultura que valorize a simplicidade.
Fonte: Exame