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Conheça os principais mitos da cultura da inovação

4 de maio de 2022 / Inovação / por Comunicação Krypton BPO

Especialista da consultoria Troposlab traz dicas para fugir de crenças antiquadas e empreender de forma moderna.

Um dos principais indicadores do sucesso de um negócio é a sua capacidade de inovação, que é a exploração bem-sucedida de uma nova ideia. Essa iniciativa pode se transformar em um processo, produto ou novo negócio que, ao ser entregue ao mercado, tem seu valor reconhecido por ele. Porém, muitas crenças falsas ou até mesmo antiquadas ainda permeiam esse ambiente de inovação nas empresas, o que torna essencial orientar empreendedores e gestores a criarem um senso crítico profundo sobre o assunto e se afastarem de erros.

A implementação de uma cultura de ideias inovadoras eficientes é fundamental, mas para ser bem-sucedida deve evitar cair em algumas armadilhas comuns no mundo corporativo. A Troposlab, consultoria especializada em inovação, destacou alguns dos principais mitos que cercam o tema e devem ser evitados pelas organizações. Confira:

Começar pelo programa de ideias

Os programas de ideias representam uma importante armadilha quando iniciado sem nenhuma clareza ou direcionado adequado sobre os caminhos que serão criados para a implementação das soluções selecionadas. Quando essa série de erros acontece, a inovação pode se tornar um trauma nas empresas. Tentativas frustradas em que há tentativas infrutíferas e ideias sem profundidade são recorrentes. Para uma primeira edição, direcionar as ideias, por exemplo, torna o processo mais confortável e simples.

Ideias “revolucionárias”

Há diferentes tipos de inovação, sendo as mais radicais denominadas disruptivas, mas também existem inovações incrementais e que geram resultados importantes para a empresa. Os colaboradores tendem a relacionar inovação com novos produtos de tecnologia, modificadores, e sem desmistificar isso eles podem se sentir incapazes de contribuir com o processo.

Inovar não significa necessariamente inventar algo que vai mudar o mundo. Uma boa dica para quem deseja viabilizar as suas ideias é apostar em programas personalizados de transformação cultural. Esse direcionamento mais específico permite que as ideias geradas estejam associadas à estratégia da empresa, com isso elas tendem a ter mais patrocinadores internos e serem implementadas com sucesso. Os projetos não devem morrer no papel.

Cultura da diversão x Cultura da inovação

Popularizados pelas startups, os ambientes divertidos com sinucas, games, puffs etc, se tornaram sinônimo da cultura de inovação. Infelizmente, trabalhar com roupas informais, por exemplo, não significa que o colaborador terá segurança de expor suas ideias, já que a segurança psicológica é um elemento fundamental da cultura de inovação.

“A cultura da inovação é uma cultura que combina diversidade com resultados, e pode acontecer em coerência com culturas mais formais ou mais despojadas. Precisamos olhar para os elementos certos,” diz a Diretora de Inovação e Conhecimento da Troposlab, Renata Horta.

Criatividade em detrimento da qualificação

A palavra inovar, obviamente, está relacionada com a novidade, o frescor. Contudo, as pessoas acham que pensar fora da caixa é um dom que só exige criatividade, quando na verdade todo o processo de inovação pede um conjunto de habilidades e um ambiente favorável para que se torne estruturada e coerente.

“Gerar uma boa ideia, por exemplo, depende de uma visão qualificada do negócio ou área, exige que os colaboradores conheçam a estratégia, entendam os desafios da área e saibam diferenciar problema de solução”, afirma a diretora.

Tecnologia associada a meios digitais

A inovação também é comumente associada aos meios digitais, o que confunde-se com a tecnologia como um todo. Inovar tecnologicamente é, na verdade, ter sucesso na pesquisa da área correspondente, a qual não é, necessariamente, a de TI (tecnologia da informação).

Para as empresas e empreendedores ficarem antenados com os respectivos avanços tecnológicos do seu setor, uma dica valiosa é interagir com startups, que estão procurando constantemente meios mais acessíveis e diferenciados de se conduzir um negócio. Também vale consultar segmentos diferentes para intercambiar formas de inovação.

Produtos bonitos demais

Alguns projetos podem parecer muito inovadores, mas será que são assertivos? Será que podem ser viabilizados e abraçados pelo mercado? De acordo com a Diretora de Inovação e Conhecimento da Troposlab é melhor eliminar propostas que não irão gerar qualquer engajamento com o público correspondente, por mais bem elaboradas que sejam.

“Produtos e serviços precisam ser sinceros, e não apenas bonitos. Quando isso não acontece, deixa de ter valor para alguém. Além disso, o consumidor está mais crítico, tornando a busca por autenticidade ainda mais essencial”, explica Horta.

Programas de desenvolvimento da cultura baseados em conteúdos

Também é um erro comum pensar que ao apresentar vários conceitos de inovação através de palestras e treinamentos é possível desenvolver a cultura. Cultura é um conjunto de práticas de comportamento e os conhecimentos são somente uma parcela pequena de tudo que a cultura representa. A mudança da cultura precisa estar ancorada em processos e um bom desenvolvimento de novas formas de trabalhar.

“Sentimentos, habilidades, rituais e resultados fazem parte da cultura e para desenvolvê-la temos que ter coerência e consistência em ações que permitam a implementação de mudanças e o desenvolvimento de novas habilidades”, afirma a especialista.

O papel da liderança

Segundo Renata Horta, a inovação não acontece de baixo para cima ou vice-versa sem lidar com o que ocorre no meio. Quando não se sentem capazes de contribuir, não têm seus papéis claros e estão preparados para eles, ou não acreditam no processo, os líderes possuem todas as ferramentas para não deixar a inovação acontecer. Por isso, ações de inovação precisam cuidar com atenção desse nível, o que é um grande desafio. “Eles são guardiões dos indicadores, das prioridades, do tempo das pessoas, quando não estão verdadeiramente envolvidos tornam a inovação inviável, não há meio termo”, explica.

Ainda de acordo com a diretora, inclusive, os produtos, de forma geral, são associados à ação de inovar, ainda que, como mencionado, serviços e negócios também se encaixam neste ato. Até mesmo a ideia de que uma empresa deve estar 100% focada na produtividade, não pensando no bem-estar dos colaboradores, é um tópico que se enquadra como um mito da cultura da inovação.

Além de evitar essas armadilhas, é possível se beneficiar de algumas dicas rápidas para fomentar a inovação de forma correta:

– Programas de intraempreendedorismo (acompanhados e com processo) podem ser um passo importante para ensinar os colaboradores a participar da inovação e podem evoluir para um programa de ideias que funcione.

– Uma parceria entre a área de inovação e a área de desenvolvimento humano é o caminho mais consistente para desenvolver a cultura de inovação.

– Interagir com o ecossistema de inovação (Hubs, Startups, Investidores) pode ajudar a entender quantas oportunidades existem tornando a inovação mais estratégica e a empresa mais aberta.

– Comunicar a inovação é tão importante quanto fazer. A comunicação que reconhece as pessoas e resultados de processos inovadores estimula e fortalece as práticas culturais que devem ser estabelecidas para que a inovação se torne sistemática.

Fonte: Administradores

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