O superávit acumulado na balança comercial brasileira nos últimos 12 meses, até janeiro de 2020, é de US$ 43,2 bilhões. As exportações no período totalizaram US$ 220,3 bilhões. As importações, US$ 177,1 bilhões.
Dados comparativos preliminares apontam que o superávit comercial brasileiro, acumulado nos últimos 12 meses, é um dos dez maiores do mundo, e o sétimo maior dentre as economias do G20, em que pese uma demanda externa mundial que segue em ritmo enfraquecido.
Confira os dados completos da balança comercial
O mês de janeiro de 2020 apresenta corrente de comércio de US$ 30,6 bilhões. Segundo os dados da balança comercial divulgados nesta segunda-feira (03/02) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex/ME), houve déficit comercial de US$ 1,7 bilhão no mês, causado, em grande medida, pela importação de plataforma de petróleo, no valor de US$ 2 bilhões.
As exportações totais em janeiro de 2020, que totalizaram US$14,4 bilhões, apresentaram redução em relação a janeiro de 2019, já que houve retração em vendas de: plataformas de petróleo (-US$ 1,3 bilhão), petróleo bruto (-US$ 592 milhões), celulose (-US$ 445 milhões), milho (-US$ 270 milhões) e soja (-US$ 255 milhões).
Nos últimos 12 meses, a corrente de comércio brasileira apresenta retração de 7,3%, resultante de fatores como: (1) ajustes estruturais no relacionamento comercial entre as maiores economias do mundo, com aumento da incerteza global e desdobramentos adversos no crescimento do PIB mundial e no comércio internacional. (2) No front doméstico, tem-se uma economia em processo de recuperação, com claros reflexos sobre os contornos da balança comercial do País. (3) Os desafios por que passa a economia da Argentina, principal destino das exportações brasileiras de manufaturados e terceiro maior parceiro comercial do Brasil. (4) Enfermidade que acometeu o rebanho suíno na China, principal destino de nossas exportações.
No caso específico do mês de janeiro de 2020, segundo o subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior da Secex, Herlon Brandão, as vendas externas apresentaram redução motivada por uma base de comparação excessivamente alta com janeiro de 2019. No primeiro mês do ano passado, registraram-se grande operação de exportação de uma plataforma de petróleo e recorde histórico de exportação de celulose (no valor de US$ 1 bilhão). Além disso, a demanda externa desaquecida tem comprimido os preços internacionais das mercadorias e houve queda no volume embarcado de grãos motivado pelo atraso na colheita e maior demanda interna.
Relativamente às importações, que totalizaram US$16,1 bilhões em janeiro, houve queda de 6,3% nos preços das mercadorias, reflexo do desaquecimento global. No entanto, o volume das compras externas se expandiu em 4,5%, mantendo tendência de crescimento já observada em 2019. Quanto às categorias econômicas, houve queda no valor da aquisição de bens intermediários, de 3,4%, e de combustíveis, de US$ 15,3%. Por outro lado, cresceram as compras de bens de capital, em 6,6%, e de bens de consumo, de 6,9%. O aumento das importações de bens de capital e bens de consumo refletem o processo de recuperação econômica ora em curso, puxado majoritariamente pelo aumento da demanda doméstica, com reflexos positivos sobre os volumes importados.
O subsecretário também acrescenta que o déficit comercial do mês de janeiro foi pontual e não deverá ser uma tendência para o ano.
Fonte: Ministério da Economia
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