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Crescimento inteligente: por que empresas brasileiras precisam abraçar o gerenciamento de riscos

20 de setembro de 2023 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

O gerenciamento de riscos é muitas vezes considerado tedioso e impopular, relegado ao fundo da lista de prioridades das empresas, especialmente nas pequenas e médias empresas (PMEs). No entanto, em um mundo cada vez mais volátil, essa disciplina é mais importante do que nunca. PMEs no Brasil, assim como em outros lugares, frequentemente veem o gerenciamento de riscos como um luxo caro e, como resultado, podem estar mais expostas a riscos significativos. Neste artigo, exploro a importância do gerenciamento de riscos para empresas brasileiras, destacando alguns dados relevantes das pesquisas mais recentes.

O que é o gerenciamento de riscos

A gestão de riscos, também conhecida como “risk management”, compreende um conjunto de práticas incorporadas à cultura de uma organização, que possibilitam a antecipação de desafios e problemas em geral, incluindo questões políticas, econômicas, de segurança digital, ambientais e regulatórias, entre outras.

O processo começa com uma avaliação abrangente das operações da empresa, seguida pela criação de uma matriz de riscos, na qual é essencial analisar a probabilidade de ocorrência, os potenciais impactos na organização e as estratégias viáveis para mitigá-los.

Riscos nas PMEs brasileiras

As PMEs no Brasil enfrentam uma série de desafios únicos. Por um lado, não possuem as mesmas pressões regulatórias que grandes empresas têm para medir e mitigar riscos. Isso pode levar a uma sensação de complacência em relação ao gerenciamento de riscos. Por outro lado, essas empresas também têm menos recursos à disposição para resistir a choques inesperados. Uma crise financeira, um desastre natural ou mesmo problemas de gestão podem rapidamente levar uma PME à falência.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as PMEs desempenham um papel crucial na economia brasileira. Elas representam a grande maioria das empresas no país e empregam uma parcela significativa da força de trabalho. Portanto, qualquer problema que afete essas empresas tem impacto direto na economia do país e no nível de emprego em particular. Isso destaca ainda mais a importância de garantir que as PMEs estejam preparadas para gerenciar riscos de maneira eficaz.

A abordagem proporcional de gerenciamento de riscos

Uma das práticas mais importantes do gerenciamento de riscos é a abordagem proporcional. Ela é aplicável a empresas de todos os tamanhos, mas especialmente nas PMEs que têm orçamentos mais apertados. Em essência, a abordagem proporcional significa que os riscos devem ser avaliados de acordo com a sua gravidade e probabilidade. Riscos menores que não representam uma ameaça significativa podem não exigir recursos substanciais para mitigação, enquanto riscos graves e prováveis devem ser tratados com mais atenção.

Alguns estudos indicam que as empresas que fazem gestão de riscos gastam tempo e recursos preciosos tratando de questões que, em última análise, têm pouco impacto real em suas operações. Essa falta de discernimento pode ser prejudicial, já que esses recursos poderiam ser direcionados para o crescimento e inovação, em vez de ser aplicados em áreas de baixa prioridade.

Lições aprendidas tanto com falhas quanto com sucessos

O gerenciamento de riscos não é apenas sobre evitar problemas; também serve como ferramenta para impulsionar o sucesso das empresas. Muitas vezes, os gestores concentram os seus esforços em buscar as causas das falhas, esquecendo-se de analisar as razões do sucesso. No entanto, entender por que uma empresa foi bem-sucedida é tão valioso quanto entender por que outra falhou.

Um estudo publicado pelo jornal O Estado de São Paulo em 2018, indicou que apenas 36% das empresas adotam práticas de gestão de riscos. Quase metade das empresas pesquisadas (46%) alegaram falta de conhecimentos sobre a importância do assunto. Além desses fatores, 14% responderam que não havia apoio da alta gestão da companhia para implementação da prática nos negócios.

No Brasil, a instabilidade política e a volatilidade econômica já seriam razões suficientes para justificar a implementação de medidas sólidas em gestão de riscos. No entanto, o que se observa são abordagens “amadoras”, que dependem exclusivamente dos esforços individuais de alguns colaboradores. Essa abordagem não é eficaz.

Para avançar na conscientização sobre a importância da gestão de riscos, os gestores precisam entender que se trata de um diferencial competitivo. Essas práticas não apenas resguardam a empresa de custos inesperados, mas também refletem uma preocupação com o consumo responsável por parte da sociedade. Se uma empresa se envolver em incidentes graves, como danos ambientais, sociais ou cibernéticos, ela poderá ser rejeitada pelos consumidores conscientes. A gestão de riscos é fundamental para proteger a reputação e a viabilidade do negócio.

A importância do gerenciamento de riscos para o desempenho empresarial

Gerenciar riscos não deve ser visto como uma tarefa separada do gerenciamento de desempenho. Pelo contrário, o gerenciamento de riscos está intrinsecamente ligado ao desempenho empresarial. Empresas que adotam uma abordagem proativa para identificar e mitigar riscos estão mais bem preparadas para alcançar seus objetivos e manter um crescimento sustentável.

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) descobriu que empresas brasileiras que incorporam o gerenciamento de riscos em suas práticas de negócios têm uma vantagem competitiva significativa. Eles podem tomar decisões mais informadas, adaptar-se rapidamente a mudanças no ambiente de negócios e evitar crises que poderiam prejudicar o seu desempenho.

A indústria agropecuária brasileira, por exemplo, está cada vez mais exposta a riscos climáticos, como secas e inundações. Um estudo da Embrapa aponta que o gerenciamento de riscos relacionados ao clima é vital para a sobrevivência das empresas agrícolas. Isso inclui a adoção de práticas de cultivo sustentáveis e a diversificação de culturas para reduzir a vulnerabilidade a eventos climáticos extremos.

Ferramentas para PMEs

Para empresas de pequeno e médio porte que buscam implementar uma gestão de riscos eficaz, diversas ferramentas acessíveis estão disponíveis no mercado. Desde o uso de planilhas eletrônicas para criar matrizes de riscos e registrar incidentes passados a soluções de software especializadas em gestão de riscos, como o software ERM (Enterprise Risk Management) e GRC (Governance, Risk, and Compliance).

Além disso, as PMEs podem tirar proveito de ferramentas de análise de dados para avaliar tendências e padrões que possam representar riscos em potencial. A escolha da ferramenta dependerá das necessidades específicas da empresa, de seu orçamento e de sua capacidade de implementação.

Aqui estão algumas ferramentas de gerenciamento de riscos que podem ser úteis para empresas de pequeno e médio porte:

1. LogicManager: Ajuda a identificar, avaliar e mitigar riscos em várias áreas de negócios.

2. Riskonnect: Oferece ferramentas para gerenciamento de riscos, conformidade e segurança.

3. Resolver: Especializada em gerenciamento de incidentes e crises.

4. CyberRisk: Concentra-se em gerenciamento de risco cibernético.

5. Focal Point: Ajuda as empresas a gerenciar riscos de segurança da informação.

Lembre-se de que a escolha da ferramenta deve levar em consideração as necessidades específicas de sua empresa, o tamanho de sua equipe e o orçamento disponível. Minha recomendação é você explorar as opções e avaliar qual delas melhor se adapta ao contexto de sua própria organização.

Conclusão

Em suma, é hora de reconhecer que o gerenciamento de riscos não é apenas uma precaução, mas uma ferramenta que impulsiona o sucesso e o desempenho empresarial. O gerenciamento de riscos é fundamental para as empresas brasileiras, especialmente as PMEs, em um cenário marcado por desafios econômicos e políticos.

A adoção de práticas robustas nessa área não é um luxo, mas sim um diferencial competitivo que pode proteger o negócio de custos inesperados e garantir sua sobrevivência em um mercado cada vez mais consciente.

Fonte: Administradores

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