As startups passam por diferentes estágios ao longo do seu tempo de vida. Assim como temos a infância, a vida adulta e a terceira idade, com essas empresas não é diferente – e é muito importante saber identificar cada etapa de amadurecimento adequadamente.
“Entender o estágio do negócio é crucial tanto para quem deseja empreender quanto para quem pretende investir. E isso começa por saber a diferença entre uma startup e uma empresa tradicional”, afirma Emily Coelho, Head da Jornada do Empreendedor da plataforma de crowdfunding SMU Investimentos.
A executiva nos ajuda, abaixo, a fazer essa distinção básica e esclarecer o que caracteriza cada estágio de uma startup. Confira:
Qual a diferença entre startup e empresa tradicional?
Uma das maiores diferenças são os objetivos de curto prazo, segundo Coelho. Enquanto as empresas tradicionais normalmente buscam o lucro desde o primeiro momento, uma startup foca em testar seu produto, sua inovação e escalar uma solução para atingir a maior quantidade possível de pessoas.
Inclusive, é por essa razão que as startups precisam realizar rodadas de investimentos e contar com capital de terceiros.
As fases de uma startup
Olhando especificamente para os estágios das startups, podemos separá-los em cinco fases, que começam desde a criação e seguem até a consolidação da empresa no mercado.
1) Ideação
A ideação é o momento de ter ideias – quando os empreendedores colocam vários pensamentos no papel sem qualquer julgamento.
Nessa etapa, as startups não estão em operação, mas apenas começando a tomar forma. A conclusão se dá com uma ideia sobre qual é a melhor solução para o problema a ser resolvido e qual é o público-alvo da empresa.
2) Validação
De acordo com Coelho, a fase da validação corresponde ao momento em que os fundadores vão aplicar a solução proposta no mercado. Geralmente, é lançado um MVP (Mínimo Produto Viável), que é um esboço das funcionalidades básicas, uma versão inicial do que a startup vai oferecer.
A partir daí, é necessário selecionar o público que vai participar do período de teste e validar o que está bom e o que pode ser melhorado. O objetivo não é faturar, mas entender a aceitação do mercado sobre o produto ou serviço proposto.
3) Operação
A operação é quando se inicia a comercialização do produto ou serviço, quando as estratégias se encontram sendo colocadas em prática. Nessa fase, a startup já começa a arrecadar um número de clientes ativos e um lucro mínimo.
Aqui, conforme ressalta a executiva da SMU, é preciso que a startup já possua uma equipe preparada e estruturada para dar início à comercialização. Grandes investidores-anjos costumam contribuir com o negócio nesse período, pois assim asseguram ingresso num mercado potencial desde seu início.
4) Tração
A tração é a fase de maturidade, quando a startup já está em operação, com o modelo de negócio validado e com processos bem definidos e funcionando. A empresa, aqui, vai conquistar uma base de clientes forte e sólida e realizar captações de investimentos significativos.
Podemos dizer que ela está “preparando o terreno”, através de estratégias de marketing, para alavancar seu negócio em grande escala.
5) Scale-up
Na fase de scale-up, a escalabilidade do negócio acontece oficialmente. É o momento de expansão. As startups vão buscar crescer sua receita e base de clientes, mesmo mantendo sua estrutura administrativa enxuta e com custos mínimos para que o crescimento exponencial se concretize.
Emily Coelho destaca que cada uma dessas fases “significa desenvolver e crescer o negócio, buscando sempre se tornar uma empresa forte no mercado em que atua. Não é uma tarefa fácil, pois exige muito planejamento, controle financeiro e captação de recursos”.
Fonte: Administradores