Os desembolsos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) cresceram 2,2% ao longo de 2019 frente a 2018. No período, foram liberados R$ 1,3 bilhão em crédito. O maior volume de recursos foi destinado ao setor de comércio e serviços, com os desembolsos somando R$ 611 milhões em 2019, o que representa um avanço de 11% quando comparado com 2018.
No ano passado, o lucro líquido registrado pelo BDMG somou R$ 84 milhões, ficando 33% menor que o registrado em 2018. O patrimônio líquido foi avaliado em R$ 1,8 bilhão.
No período, 5.083 clientes foram atendidos pela instituição financeira entre micro, pequenas, médias e grandes empresas de diversas atividades econômicas e também prefeituras, o que representou uma alta de 6% sobre 2018.
Os desembolsos são considerados fundamentais para movimentar a economia mineira. O estímulo gerado pela maior liberação de crédito é representativo, contribuindo, em 2019, para a criação de 22,6 mil empregos e um adicional de R$ 974,6 milhões na economia mineira, além resultar em uma arrecadação de R$ 44,2 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“Nós, do BDMG, procuramos fazer um trabalho de impacto produtivo e de flexibilidade para atender às necessidades de Minas Gerais, dos municípios e dos empreendedores. Em 2019, tivemos crescimentos importantes do número de clientes atendidos e do desembolso e, com isso, contribuímos para a geração de empregos e arrecadação tributária no Estado. O banco vem ajudando na diversificação da matriz econômica mineira”, disse o presidente do BDMG, Sergio Gusmão.
Ainda conforme Gusmão, mesmo que menor frente ao de 2018, o lucro líquido do BDMG continua robusto. Em 2019, o lucro chegou a R$ 84 milhões, frente aos R$ 126 milhões registrados no ano anterior.
“O patamar de lucratividade ainda é robusto e tivemos um resultado de lucro recorrente. É um lucro de qualidade, que diz respeito à operação do banco. No passado, tivemos uma parcela do lucro que não era recorrente, que era de episódios pontuais, como, por exemplo, crédito tributário decorrente da incorporação BDMGTec”, explicou.
Conforme os dados do BDMG, do total de R$ 1,3 bilhão liberados em 2019, 56% ou R$ 734 milhões foram realizados com recursos próprios, enquanto 42% ou R$ 549 milhões foram provenientes de repasses de outras instituições. As operações que utilizaram recursos de fundos representaram 2% e somaram R$ 26 milhões. Estes recursos tiveram como fonte a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e Fundação Renova.
Segmentos – Dentre os setores, o de comércio e serviços foi o que demandou o maior volume de recursos (R$ 611 milhões). Para a indústria de transformação, o montante alcançou R$ 319 milhões, uma elevação de 15% frente ao ano anterior. Para os municípios, foram desembolsados R$ 127,5 milhões, valor 3,8% maior que o registrado no mesmo período de 2018. Ao todo, foram atendidos projetos de 182 municípios de Minas Gerais.
Para as micro e pequenas empresas (MPEs), o BDMG, através da plataforma digital, destinou R$ 172 milhões em 2019, crescimento de 10,5% frente a 2018. No ano passado, os acessos à plataforma digital do banco somaram 600 mil, aumento de 54%.
Gusmão destaca que a plataforma digital contribuiu para o incremento do acesso dos empreendedores e municípios aos créditos, o que é importante para estimular os negócios, diversificar e movimentar a economia mineira.
“A nossa atuação na plataforma digital contribui para que desafios sejam superados. Por sermos um banco de desenvolvimento, não temos agências, e com a plataforma conseguimos chegar a todos os municípios de Minas e atender a demanda dos empreendedores. Pela plataforma é possível simular a tomada de crédito e efetuar a operação”, explicou.
Dentre os setores produtivos, o agronegócio foi destaque. Ao longo de 2019, o crédito destinado ao setor cresceu 12,4% e encerrou o período em R$ 628 milhões. Os financiamentos foram feitos com recursos próprios do BDMG, das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
Energia solar – No ano passado, os desembolsos para projetos de geração de energia solar fotovoltaica triplicaram em relação a 2018, chegando a R$ 53 milhões. O número de usinas solares financiadas pela entidade bancária mais que dobrou em 2019, passando de 25 para 54. A capacidade de geração dos empreendimentos financiados em 2019 chega a 45,8 GW/ano, o suficiente para abastecer 23,8 mil domicílios. Cerca de 78% das liberações para projetos de energia solar foram para o Norte de Minas, uma das áreas mais carentes do Estado.
Para os projetos de inovação, o BDMG desembolsou R$ 51,5 milhões em crédito para 27 novos projetos, em parcerias com a Fapemig, BNDES e Finep, alta de 21% em relação a 2018.
Fonte: Diário do Comércio
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