O mês de março é marcado pelo Dia Internacional da Mulher. Com ele, surgem inúmeras campanhas, treinamentos, eventos e, no contexto da pandemia, seminários e palestras online em prol da inclusão de mulheres no mercado de trabalho.
Por mais que haja uma preocupação genuína das organizações em diminuir a desigualdade de gênero em seu quadro de funcionários, a maior parte ainda não realiza políticas específicas para reverter a situação. É o que aponta uma pesquisa da Robert Half, consultoria de recrutamento especializado, em sondagem da 15ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), conduzida em fevereiro com base na percepção de 774 profissionais, igualmente divididos em duas categorias: recrutadores e profissionais qualificados empregados (com 25 anos de idade ou mais e formação superior).
Segundo a pesquisa, 76% das empresas manifestam a preocupação em reduzir a desigualdade entre homens e mulheres no mercado e já reconhecem os benefícios da igualdade de gênero no ambiente de trabalho. No entanto, a maior parcela de recrutadores respondentes afirmou que ainda não executa ações específicas para aumentar a participação de mulheres em cargos de liderança (62%) ou até mesmo de forma geral (61%).
Na visão do grupo de profissionais entrevistados, 64% acreditam que as empresas em que trabalham devem ampliar a participação feminina no quadro de colaboradores para se tornar uma empresa que respeita a igualdade de gênero.
Principais benefícios da igualdade de gênero no ambiente de trabalho
“O pensamento diverso aparece como o principal benefício, tanto para empresas como para profissionais, da igualdade de gênero no ambiente de trabalho. É importante destacar que, para profissionais, o tema é imperativo e fator de atração, ou seja, fortalece a empresa como uma marca empregadora. A igualdade de gênero, dentre outras questões sobre diversidade e inclusão, é fundamental para a evolução de uma organização”, afirma Débora Ribeiro, Strategic Account Manager da Robert Half.
Existem ações sem custo que ultrapassam o discurso
Por vezes, as empresas se prendem a uma limitação orçamentária para justificar a falta de ações afirmativas. No entanto, na visão da executiva da Robert Half, existem alternativas sem custo e que podem gerar retornos positivos.
“É muito claro que as empresas estão preocupadas com o tema de igualdade de gênero e que reconhecem os seus benefícios, mas ainda faltam políticas específicas para essa questão no ambiente corporativo”, comenta Débora Ribeiro. “Existem ações muito simples que podem ser tomadas neste sentido, com custo zero e que já fariam a diferença, o importante é dar o primeiro passo”, completa a especialista.
Algumas políticas e ações que podem ser adotadas sem pesar no orçamento das empresas:
Fonte: RH Pra Você