A taxa de desocupação em Minas Gerais caiu no segundo trimestre de 2018. Estimada em 10,8%, a queda foi de 1,8 ponto percentual na comparação com o primeiro trimestre deste ano e de 1,4 p.p em relação ao mesmo período de 2017. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostrou um aumento de 2,6% do total de empregados do setor privado com carteira assinada na comparação com o trimestre anterior, o que representa mais 94 mil pessoas no mercado. Também foi apurado um crescimento de 7% no número de empregados do setor privado sem carteira assinada.
O contingente de desalentados, aqueles que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego por algum motivo específico, e, por isso, saíram das estatísticas de desemprego, chegou a 406 mil pessoas no segundo trimestre de 2018. O número está próximo aos 410 mil estimados para o primeiro trimestre do ano, quando o Estado apresentou o maior contingente de desalentados da série histórica da pesquisa, que começou em 2012.
Segundo o coordenador da pesquisa, Gustavo Fontes, o resultado em Minas Gerais é relevante e sinaliza uma melhora do mercado de trabalho no Estado, especialmente devido ao aumento do número de contratados com carteira assinada. No entanto, ele alerta para o aumento do contingente de desalentados.
“A queda da taxa de desocupação foi mais acentuada no Estado do que o observado para a média do País. Isso mostra uma melhora do mercado de trabalho em Minas, principalmente pelo aumento das pessoas empregadas com carteira assinada. Apesar dessa melhora, a quantidade de desalentados continua bastante elevada e isso preocupa”, explicou Fontes.
A Pnad apontou ainda que o total de desocupados em Minas Gerais no segundo trimestre deste ano foi de aproximadamente 1,2 milhão, uma redução de 14% em relação ao primeiro trimestre de 2018, quando o número era cerca de 1,4 milhão. Já na comparação com o segundo trimestre do ano anterior, a queda foi de 10%.
Perfil – As mulheres são maioria da população desocupada no Estado, de acordo com a Pnad. Do total de pessoas desocupadas durante o primeiro trimestre de 2018, 51,8% são do sexo feminino e 48,2% do sexo masculino. A taxa de desocupação entre as mulheres no período foi de 12,5%, diante dos 15% registrados no trimestre anterior. Apesar da queda, a taxa de desocupação entre as mulheres permanece superior à observada para os homens, que foi de 9,4% no segundo trimestre.
A taxa de subutilização da força de trabalho, que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial, foi de 23,4% em Minas no período, o que representa 2,8 milhões de pessoas.
A agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o grupo de atividade econômica com maior aumento de pessoas ocupadas em relação ao trimestre anterior, com crescimento de 8,3%, o equivalente a 96 mil pessoas a mais trabalhando nesse ramo.
Outro grupo de atividades que apresentou elevação no trimestre foi administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com variação positiva de 4,4%. Na base comparativa com o segundo trimestre de 2017, o destaque foi o aumento de 13,3% do número de pessoas ocupadas em outros serviços.
O rendimento médio real das pessoas ocupadas no Estado foi estimado em R$ 1.937,00 no segundo trimestre de 2018, sem variação significativa em relação aos dois trimestres de comparação. Já a massa de rendimentos reais habitualmente recebidos em todos os trabalhos pelos ocupados em Minas atingiu R$ 19 bilhões no segundo trimestre deste ano, apresentando aumento de 2,7% em relação ao primeiro trimestre e de 6,6% no ano.
Fonte: Diário do Comércio
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