O bilionário Elon Musk usou sua conta do X, na quarta-feira (3), para criticar iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), que têm sido adotadas por diversas empresas pelo mundo.
“DEI é apenas mais uma palavra para racismo. Que vergonha para quem a usa”, Musk escreveu. “A DEI, porque discrimina com base na raça, género e muitos outros fatores, não é apenas imoral, é também ilegal”, acrescentou em post subsequente em resposta ao texto que o investidor Bill Ackman escreveu para criticar a prática, argumentando que ela é “a causa raiz do antissemitismo em Harvard”.
De acordo com matéria do Business Insider, o executivo tem criticado veementemente a ex-presidente da Universidade de Harvard, Claudine Gay, e a abordagem da escola em relação ao antissemitismo no campus.
Gay, que deixou seu cargo nesta terça-feira (2), estava sendo pressionada a fazê-lo após ter dado um depoimento no Congresso dos EUA sobre antissemitismo na universidade. Desde então, denúncias de que ela teria publicado artigos acadêmicos com trechos plagiados de outros estudos passaram a surgir.
A polêmica começou quando, após ser convocada para prestar depoimento no Congresso por causa de manifestações pró-Palestina de estudantes em universidades dos EUA, Gay afirmou que as manifestações de alunos de Harvard que pediam o genocídio do povo judeu seriam uma violação das regras de assédio da universidade “dependendo do contexto”.
A frase, para seus opositores, foi evasiva e não incisiva o suficiente. Posteriormente, Gay chegou a pedir desculpas pela declaração, que foi criticada por Ackman em seu ensaio.
Esta não é a primeira vez que Musk apoia as declarações de Ackman. No mês passado, ele elogiou uma das cartas abertas do investidor a Harvard, na qual pedia a renúncia de Claudine Gay. “Sua carta simplesmente articulou, com grande clareza, as graves preocupações de muitos”, o bilionário escreveu na época.
O apoio entre os dois executivos parece ser mútuo, uma vez que Ackman defendeu Musk no mês passado, depois que este foi acusado de ser antissemita. Na ocasião, o investidor chamou o fundador da Tesla de “absolutista da liberdade de expressão”, cuja propriedade do X beneficiaria a sociedade. “Todos nós deveríamos estar gratos pelo fato de X ser propriedade de Musk”, escreveu.
As críticas de Elon Musk a políticas de DEI não pararam por aí. Nesta quinta-feira (4), ele publicou em seu perfil no X críticas ao bilionário Mark Cuban, que havia escrito vários posts na rede social para defender a iniciativa, em resposta às declarações negativas do dono da Tesla.
“Mark Cuban está tentando desesperadamente sinalizar sua ‘virtude’, mas sua hipocrisia não convence ninguém”, postou Musk.
“Você pode não concordar, mas eu considero certo que existem pessoas de várias raças, etnias, orientações, etc. que são regularmente excluídas da contratação”, escreveu Cuban. “Ao ampliar nossa busca de contratação para incluí-los, podemos encontrar pessoas mais qualificadas”.
Em seguida, Musk esclareceu a Cuban que não era contra a diversidade em si. “Eu realmente acho que se o mérito para um determinado trabalho for praticamente o mesmo, então o critério de desempate deveria ser a diversidade (de todos os tipos)”, disse em uma postagem separada.
Fonte: Administradores