O número de empreendimentos formais cresceu nos últimos cinco anos. O percentual de pessoas ocupadas com CNPJ, seja como empregadores ou trabalhadores, subiu de 23,9% para 28% entre 2012 e 2017. No mesmo período, o contingente de profissionais atuando em empreendimentos de pequeno porte (que empregam de uma a cinco pessoas) cresceu de 46,7% para 51,5%. Os dados são da pesquisa PNAD Contínua: Características adicionais do mercado de trabalho 2012-2017, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Por outro lado, o Brasil deixou de ter 1,4 milhões de pessoas associadas a algum sindicato. Eram 14,5 milhões de trabalhadores nesta situação em 2012 e 13,1 milhões, em 2017.
Segundo o IBGE, em 2017, eram 91,4 milhões de pessoas ocupadas na semana de referência da pesquisa. Em 2012, eram 89,7 milhões de pessoas nessa situação. Os dados revelam que a leve recuperação da ocupação em 2017 não foi acompanhada por crescimento no emprego no setor privado com carteira assinada.
Os trabalhadores por conta própria e os empregados no setor privado sem carteira assinada mantiveram a trajetória de crescimento, expandindo seus contingentes em cerca de 600 mil pessoas, cada, alcançando 25,3% e 12,2% dos trabalhadores, respectivamente.
De acordo com os dados da pesquisa, em 2017, 18,5% dos ocupados como trabalhadores por conta própria possuíam CNPJ. Entre os empregadores, a cobertura chegava a 80%. Isso demonstra uma evolução nos trabalhadores por conta própria com registro, já que, em 2012, eram 14,9% com CNPJ.
A pesquisa também mostra que mais pessoas passaram a exercer suas atividades profissionais em casa. Em relação a 2016, os estabelecimentos no domicílio de residência tiveram o maior crescimento de contingente (16,1%), com acréscimo de 443 mil pessoas. Ainda assim, a maior parte da população ocupada no setor privado (63%) permanece trabalhando no estabelecimento do próprio empreendimento. Também há casos de que o trabalhador atua em local designado pelo empregador ou cliente (12,5%) ou em fazenda, sítio, granja ou chácara (11,1%).
Taxa de sindicalização
Segundo o levantamento, a taxa de sindicalização varia bastante de acordo com atividades exercidas. O maior valor, de 23,6% corresponde aos profissionais que atuam em áreas ligadas a Administração Pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
Já a menor taxa de sindicalização é dos trabalhadores domésticos, já uma parcela de apenas 3,1% é ligada a entidades representativas da categoria. Outro aspecto ressaltado foi uma análise entre o nível de instrução e a associação a sindicato. Entre profissionais com nível superior completo, que representam 18,5% da população ocupada, 31,3% são sindicalizados.
Fonte: Contábeis
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