O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) iniciou 2018 em 50,7 pontos, o melhor resultado para o mês de janeiro nos últimos sete anos e o maior desde junho de 2011, quando chegou a 58,5 pontos. O número indica avanço 1,2 ponto em relação ao registrado em dezembro do ano passado, quando o índice foi de 56,5 pontos, e de 8,3 pontos na comparação com janeiro de 2017. Mas, ainda assim, ficou abaixo da média nacional, que chegou a 59 pontos neste mês.
Na avaliação da economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Anelise Fonseca, os números indicam que o ambiente econômico atual está voltando a oferecer as condições adequadas ao desenvolvimento e, consequentemente, impactando a confiança dos empresários.
“Existe uma melhora na percepção dos empresários, tanto em relação às condições atuais do negócio quanto às expectativas para os próximos meses”, afirmou.
De acordo com o estudo da Fiemg, os empresários mostraram-se satisfeitos com as condições atuais pelo terceiro mês consecutivo, com índices superiores a 50 pontos – que revelam satisfação. O indicador cresceu 0,6 ponto em janeiro, atingindo a marca de 52,5 pontos.
Já o indicador de expectativas apontou empresários otimistas ao registrar 60,4 pontos no primeiro mês de 2018, crescendo 1,7 ponto na passagem de dezembro para janeiro e registrou o maior nível desde setembro de 2012, quando atingiu 60,8 pontos.
Na avaliação da economista, as expectativas quanto aos próximos meses são ainda mais importantes, pois indicam o entusiasmo dos empresários em relação ao futuro. Segundo ela, o nível atingindo em janeiro foi o mais representativo dos últimos meses. “Eles estão otimistas com o cenário em geral, o que é bastante satisfatório. Pois, com otimismo, estarão dispostos a investir”, explicou.
No mês, as empresas de grande porte foram as que demonstraram maior satisfação dos empresários, com 61,4 pontos. Dentre as condições atuais, a situação da própria empresa foi o ponto que mais pesou para que o índice permanecesse acima dos 50 pontos, uma vez que a indústria em geral avaliou em 53,6 pontos. A economia brasileira apareceu logo em seguida com 52,7 pontos e a do Estado, com 48,5.
As expectativas para os próximos seis meses também se mostraram positivas neste mês. Vale destacar que a perspectiva em relação à própria empresa atingiu 62,8 pontos, enquanto a percepção futura da economia brasileira chegou a 57,6 pontos e da economia mineira, 53,3 pontos. Na análise por portes, quanto às expectativas, observou-se otimismo maior entre os industriais de grande porte: 60,5 pontos.
Fonte: Diário do Comércio