Segundo a brasileira Luana Marques, psicóloga de Harvard, a principal sabotadora do sucesso é a forma com que as pessoas reagem as experiências naturais como ansiedade, desconforto e mudança.

Com base em seus 20 anos de profissão, ela afirma que evitar estes sentimentos, assim como qualquer outra coisa que possa ser vista como uma ameaça, gera alívio emocional imediato, mas pode ter consequências a longo prazo.

Em artigo para o CNBC Make It, Luana listou os três principais comportamentos de quem evita sentimentos vistos como negativos e como reagir a eles de forma mais saudável:

1- Fugir

É comum que as pessoas decidam dar as costas para situações com potencial de gerar desconforto mesmo antes de senti-lo. Elas podem, por exemplo, faltar ao trabalho no dia de uma apresentação importante ou recusar uma proposta de emprego que envolva falar em público.

A solução para isso, segundo Luana, é racionalizar este tipo de comportamento. “Para mudar seu jeito de pensar, identifique um pensamento ou medo e, em seguida, se pergunte: ‘Que dados eu tenho para justificar isso?’ ou ‘O que meu melhor amigo diria nesta situação?’. A evidência empírica que surgir a partir desta reflexão pode te ajudar a se livrar dessa mentalidade danosa”.

2- Reagir

É possível que, ao se depararem com situações incômodas, pessoas sejam levadas por seus instintos a reagir de forma explosiva, como gritar para defender seus pontos de vista ou enviar uma enxurrada de mensagens para garantir que tenham a última palavra.

Ao invés disso, a especialista recomenda que, para lidar com este desconforto, a melhor saída é fazer uma pausa e não tentar eliminá-lo, e sim lidar com ele.

“Se você recebe um prognóstico preocupante do seu médico, por exemplo, e tem o hábito de passar horas pesquisando por explicações alternativas na internet, tente passar um ou dois minutos sentindo o seu desconforto”, ela orienta. “Respire fundo algumas vezes e tente nomear as sensações no seu corpo. O problema pode continuar ali, mas você terá uma mente mais clara para lidar com ele”.

3- Permanecer

Os resultados mostraram uma correlação significativa entre a personalidade do CEO e a cultura da empresa. Por exemplo, CEOs extrovertidos ou sociáveis estavam associados a culturas que valorizavam agilidade, colaboração e execução. Já CEOs detalhistas ou altamente conscientes lideravam empresas cujas culturas valorizavam menos a agilidade e a inovação.

A importância da adaptação

Esta inclinação faz com que pessoas permaneçam em situações desconfortáveis, como relacionamentos tóxicos ou empregos exaustivos.

Aqueles propensos a este tipo de comportamento, dizem a eles mesmos que a situação “não é tão ruim assim” ou que “tudo vai dar certo”. Isto, tipicamente, serve para evitar incertezas ou mudanças.

Luana sugere, no entanto, que uma melhor abordagem para este tipo de situação é identificar o que realmente importa e dar um pequeno passo por dia para se mover em direção ao que quer que isto seja.

“Se você valoriza família, agende um tempo para se conectar com aqueles que você ama diariamente. Se você tem um sonho criativo, reserve uma pequena parte da sua agenda para se dedicar a isto”, orienta.

E você, como tem lidado com desconfortos?

Fonte: Administradores