Ainda favorecidas pelos preços internacionais de commodities minerais e agrícolas, as exportações do Estado cresceram 18,8% no acumulado deste ano até novembro sobre os mesmos meses de 2016. O saldo da balança no período ficou positivo em US$ 16,710 bilhões, o que representa crescimento de 22% na mesma comparação.
Os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) mostraram que a concentração da pauta mineira de exportações em commodities básicas minerais e agrícolas beneficiou as vendas externas porque os preços desses produtos praticados neste ano foram maiores, em média, do que em 2016. Portanto, não se tratou, na maioria dos casos, de um aumento de volume e sim reflexo do aumento dos preços. Minas tem praticamente 60% dos embarques ligados ao minério de ferro, café, ferronióbio, açúcar de cana-de-açúcar e soja.
Até novembro, as exportações de Minas somaram US$ 23,388 bilhões, contra US$ 19,679 bilhões no mesmo período de 2016, um crescimento de 18,8%. O minério de ferro respondeu por 33% das exportações, o café, por 13,3%, ferronióbio (5,4%), açúcar de cana-de-açúcar (4,8%) e soja (4,1%), sendo os principais produtos da pauta.
As exportações de minério de ferro no acumulado até novembro renderam US$ 7,721 bilhões, contra US$ 5,794 bilhões em igual intervalo do ano passado, um aumento de 33,2%, mesmo com a remessa de um volume cerca de 10% menor. O que garantiu o aumento no montante foi uma elevação média de 48,4% nos preços do insumo em 2017.
No caso do café, Minas exportou praticamente a mesma quantidade e gerou a mesma receita, mostrando um cenário de estagnação. Até novembro, as vendas externas do grão somaram US$ 3,1 bilhões, mesmo valor de iguais meses de 2016, segundo informações do Mdic.
As remessas de soja somaram US$ 962,2 milhões entre janeiro e novembro sobre US$ 838,2 milhões no mesmo intervalo de 2016, aumento de 14,8%. O preço do grão exportado também cresceu, neste confronto, com aumento de 2,4%, na média entre os dois períodos.
As exportações do açúcar da cana-de-açúcar tiveram comportamento semelhante ao da soja. Os embarques do grão somaram US$ 1,125 bilhão até novembro, com uma evolução de 13,7% no valor e, no preço médio, de 15%. No caso do ferronióbio, o volume maior em remessas ao exterior garantiu um aumento de 22,5% nos embarques deste ano.
A China, maior compradora de minério de ferro e da soja do Estado, se manteve como principal parceiro comercial para Minas em termos de exportações. Até novembro, os chineses adquiriram 29,2% de tudo que Minas exportou, sendo que cerca de 80% das aquisições foram de minério.
Importações – De janeiro a novembro, as importações estaduais somaram US$ 6,678 bilhões, 11,7% a mais na comparação com os mesmos meses de 2016 (US$ 5,976 bilhões). A China também foi o país que mais vendeu mercadorias para Minas, com participação de 18,1%.
O saldo da balança comercial de Minas se mantém superavitário em 2017. Até novembro, o resultado foi de US$ 16,710 bilhões, com aumento de praticamente 22% na comparação com o resultado, também positivo, dos mesmos meses de 2016 (US$ 13,703 bilhões).
Fonte: Diário do Comércio