É comum que em algum momento de dezembro as pessoas parem para fazer uma retrospectiva pessoal e profissional. Pensando nisso, me deparei com um pensamento, uma frase, que me rege: “faça o melhor que pode nas condições que você tem!”.

É fundamental ter em mente, que esperar todas as condições estarem perfeitamente orquestradas para colocar algo em prática pode ser o maior vilão para sua evolução. Gostaria então de citar alguns exemplos que podem ser meus e seus para essas ou quaisquer outras situações em que essa frase se aplica:

• Não existe orçamento dedicado ou suficiente para algo e, para isso, temos algumas alternativas viáveis: estudar o mercado, mapear os parceiros, fazer um piloto e/ou estruturar o projeto do ponto de vista estratégico e deixar tudo no “gatilho” para quando a oportunidade financeira surgir;
• Falta expertise interna para conduzir um projeto e não é possível aumentar o quadro de colaboradores trazendo de imediato alguém com essa senioridade. Olhe para dentro e aposte em um profissional que tenha iniciativa e potencial para aprender. Sim, certamente para esses casos será necessário dedicar mais tempo cronológico e afetivo para compartilhar conhecimento, gerir de forma mais próxima, corrigir as rotas etc., mas certamente todos sairão ganhando;
• Falta tempo para aprender. Talvez alguns trajetos em trânsito possam ser seus aliados, oportunidades para iniciar o estudo sobre o assunto que deseja ouvindo um podcast que fale sobre ele.

Falando um pouco sobre as minhas experiências pessoais, tenho verdadeira paixão por andar de bicicleta e cada vez mais em São Paulo, a cidade onde moro, me permite fazer longos e lindos passeios de maneira segura. Hoje eu faço trajetos de 50 km, mas comecei fazendo trajetos curtos de até dois quarteirões. Me recordo que subi muitas vezes uma rua com a bicicleta na mão e hoje eu passo por lá sem esforço e sem precisar trocar a marcha.

Gostaria de destacar que fazer o que se pode nas condições que se tem diz respeito a viver a sua realidade, isso inclui também respeitar sua saúde mental. Ganhar conhecimento, habilidade, prática e até condicionamento, requer atitude e treino. E esse tem sido, muitas vezes, o erro de pessoas e empresas. Ter referências é importante, mas com tantos parâmetros de “supostos” sucessos nas redes sociais, incluindo as redes corporativas, cria-se a percepção de que se o resultado ou sucesso não forem imediatos, não valerá a pena nem iniciar um projeto.

Na Certsys, usamos a expressão: “(R)evolucionar negócios e impactar pessoas”. Este é um norteador fundamental para não nos esquecermos que pessoas e processos são orgânicos e que requerem aculturamento e treino para se transformarem. No nosso caso, essa transformação felizmente apresentou muitos resultados práticos, como:

• Migração da plataforma de ATS de recrutamento e seleção e revisão de indicadores;
• Revisão da experiência da jornada do candidato e colaborador;
• Implantação de uma rede social interna mais ágil e com usabilidade mais democrática;
• Concepção e execução de programas para mulheres;
• Parceria orientada para neuro atipicidade e diversidade;
• Webinars de diversidade, saúde mental e qualidade de vida;
• Reestruturação do programa de avaliação de desempenho;
• Concepção, curadoria e execução da Universidade Corporativa.

Essas e tantas outras ações foram realizadas de maneira colaborativa (outro valor), e que são fundamentais para nossas entregas.

Nessa última coluna do ano de 2022, quero convidar os leitores a realizar uma retrospectiva da sua vida pessoal e da sua carreira. Além dessa reflexão acima, deixo uma segunda grande linha de raciocínio, que complementa a primeira: “um passo, e não estamos no mesmo lugar!”.

Avalie se você conseguiu fazer o que podia nas condições que tinha, se isso aconteceu, comemore, pois certamente você também evoluiu e não está mais no mesmo lugar. No mesmo lugar de conhecimento, no mesmo lugar de maturidade, no mesmo lugar de resiliência, no mesmo lugar de humanização, no mesmo lugar de superação.

Seja generoso com você e curta o trajeto, e se estiver acompanhado, melhor ainda! Afinal você pode até ir mais rápido sozinho, mas junto irá muito mais longe!

Fonte: Mundo RH