O mês de janeiro foi de crescimento no faturamento da indústria do Estado, que avançou 1% na comparação com dezembro. Trata-se da terceira expansão consecutiva. O dado pertence à Pesquisa Indicadores Industriais de Minas Gerais (Index), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
A alta verificada no primeiro mês do ano foi puxada pela indústria extrativa, que apresentou um incremento de 6% em relação a dezembro. Os números são positivos também em outras bases de comparação, com crescimento de 35,5% em janeiro deste ano frente a igual período de 2020 e de 30% no acumulado de 12 meses.
“A indústria extrativa teve destaque. O minério de ferro vem registrando uma valorização de preço, tem toda a questão cambial favorável à exportação”, destaca a analista de estudos econômicos da Fiemg, Julia Silper.
Por outro lado, a indústria de transformação apresentou queda de 0,9% em janeiro na comparação com dezembro. Em outras bases de comparação, entretanto, os números ainda mostram alta, com avanço de 10,9% em relação a janeiro do ano passado e de 1,1% no acumulado de 12 meses.
Diante de todos os registros tanto da indústria extrativa quanto da indústria de transformação, o índice geral do faturamento em janeiro, frente a igual mês do ano passado, apresentou um incremento de 13,4%. Nos últimos 12 meses, a expansão foi de 1,1%.
Os dados divulgados pela Fiemg também mostram que as horas trabalhadas na produção apresentaram uma redução de 0,4% na comparação entre os meses de janeiro e dezembro. Segundo Julia Silper, é importante lembrar que no primeiro mês do ano já existem mesmo alguns fatores sazonais, como uma maior concentração de férias no período.
No que diz respeito ao emprego, os números divulgados pela entidade mostram um incremento de 0,5% em janeiro frente a dezembro. Consequentemente, pontua a analista de estudos econômicos da Fiemg, também houve um aumento da massa salarial, de 0,9%, na mesma base de comparação. Já o rendimento médio mensal aumentou 0,1% no primeiro mês de 2021 em relação ao mês anterior.
A utilização da capacidade instalada (UCI) ficou em 81,8% em janeiro, o que aponta para um recuo de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação a dezembro (82,1%).
Incertezas – Mesmo que alguns números tenham se mostrado positivos em janeiro, Julia Silper destaca que o cenário ainda é de incertezas, devido à pandemia da Covid-19. Ela afirma que a superação dessa crise é a principal questão atualmente, ainda mais diante dos desafios que têm sido presenciados.
“Estamos vivendo o aumento dos casos e das mortes por Covid-19. Há muitas incertezas”, salienta ela, lembrando ainda que há um atraso no calendário de vacinação.
Segundo a Fiemg, “a indefinição de programas de apoio financeiro à população e às empresas impactadas negativamente pela pandemia, a piora na percepção do risco fiscal e o cenário político conturbado são desafios adicionais”.
Brasília – A atividade industrial brasileira fechou janeiro de 2021 em um nível mais alto do que o registrado em janeiro de 2020, segundo os Indicadores Industriais divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O levantamento destaca a alta de 8,7% no faturamento do setor, e a alta de 6,7% nas horas trabalhadas na produção. A capacidade instalada registrada em janeiro de 2021 ficou em 79% – número que é 2,2 pontos percentuais acima do que foi registrado no mesmo mês de 2020.
De acordo com a CNI, “todos os índices de janeiro deste ano mostram alta na comparação com o mesmo mês de 2020”. O indicador emprego industrial teve um aumento de 0,1% tanto na comparação com janeiro de 2020 como dezembro de 2020.
Já a massa salarial cresceu 0,5% em janeiro, na comparação com janeiro do ano passado, e de 5% na comparação com dezembro. O rendimento médio dos trabalhadores teve um aumento de 0,4% na comparação com janeiro de 2020, e de 5,6% frente a dezembro do mesmo ano.
“A atividade industrial segue forte, refletindo a continuidade da trajetória de alta iniciada com a recuperação da atividade. Observamos altas, em alguns casos altas significativas, na comparação com janeiro do ano passado, quando a pandemia ainda não era uma realidade no Brasil”, avaliou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. (ABr)
Fonte: Diário do Comércio