O Google anunciou o lançamento da Experiência Generativa de Pesquisa (SGE) no Brasil. Esta ferramenta usa IA generativa para apresentar resultados de pesquisa de forma resumida e baseada em tópicos.

Inicialmente acessível via Search Labs, essa funcionalidade visa mudar a forma como as informações são organizadas e compreendidas, oferecendo resumos, visões gerais e um modo conversacional para exploração mais profunda. O SGE está disponível no Chrome para desktop e em breve estará acessível no aplicativo Google para smartphones.

A novidade representa uma mudança significativa para as estratégias de SEO, pois altera a maneira como os conteúdos são apresentados e acessados pelos usuários. Com a IA generativa priorizando resumos e informações condensadas, as marcas precisarão adaptar seus conteúdos cada vez mais.

Isso implica em dar uma maior ênfase na qualidade e na relevância do que é produzido, bem como na capacidade de responder de forma concisa e precisa às consultas nos mecanismos de busca.

Além disso, a natureza conversacional do SGE sugere uma mudança em direção a palavras-chave e frases mais naturais e orientadas por diálogo, potencialmente influenciando as práticas de otimização de busca orgânica.

Mudança em direção a palavras-chave e frases mais naturais

Com a introdução da inteligência artificial, observamos uma transformação na forma como as buscas serão realizadas e interpretadas. A IA generativa favorece uma abordagem mais conversacional e natural na busca por informações, o que impacta diretamente as estratégias de marketing de conteúdo.

Exemplos de buscas orientadas por diálogo

• Antes: palavras-chave tradicionais como “melhores smartphones 2023”.
• Agora: frases mais conversacionais como “Qual é o smartphone mais recomendado para fotos em 2023?”.

• Antes: termos genéricos como “dicas de marketing digital”.
• Agora: perguntas específicas como “Como posso melhorar o engajamento do meu público no Instagram?”.

• Antes: palavras-chave focadas em produto como “software de gestão empresarial”.
• Agora: consultas baseadas em necessidades como “Qual é o melhor software para gerenciar pequenas empresas no setor de varejo?”.

Adaptação de conteúdo para SEO

Para se adaptar a essa mudança, as empresas devem:

• Focar em conteúdo de Perguntas e Respostas: desenvolver conteúdos que respondam diretamente às perguntas comuns dos usuários, utilizando um tom mais conversacional e direto.
• Utilizar linguagem natural: escrever de maneira que reflita a forma como as pessoas falam e fazem perguntas no dia a dia.
• Incluir perguntas frequentes (FAQs): criar seções de FAQ em sites e blogs que abordem questões relevantes ao público-alvo, otimizando para respostas diretas e informativas.

Inovações em busca: Search Labs e IA Generativa no Brasil

A tecnologia de IA generativa permite uma abordagem mais rica e contextualizada nas respostas de busca. Por exemplo, ao perguntar “Como ingressar em um time de futebol feminino?”, a busca generativa oferece um resumo abrangente com as principais informações, acompanhadas de links para aprofundamento.

No Brasil, os usuários também têm a opção de ouvir as respostas, aproveitando a popularidade dos recursos de áudio no país, através de uma ampla gama de vozes e fontes.

Impacto para os usuários

• Buscas multimodais: a integração de texto e imagens nas buscas, já evidente no uso crescente do Google Lens, é ampliada com a IA generativa, permitindo uma experiência de busca mais rica e diversificada.
• Modo conversacional: a SGE introduz um formato de interação mais natural, onde o contexto é mantido de uma pergunta para outra, facilitando uma jornada de pesquisa mais fluida e contínua.
• Abordagem cautelosa: reconhecendo as limitações das IA generativas e LLMs (modelos de linguagem de grande escala), o Google adota uma postura conservadora, com um foco contínuo na qualidade e na aplicação de proteções adicionais.
• Anúncios e transparência: a experiência de anúncios continua integrada, com um compromisso de manter a clareza e a transparência, assegurando que os anúncios sejam facilmente identificáveis.

Precisamos ressaltar que a novidade está em fase experimental e que, por ora, não se trata do Bard, a IA generativa da empresa. No entanto, isso representa uma oportunidade para marcas e empresas iniciarem testes e iniciativas de conteúdo, preparando-se para essa nova era que em breve se aproximará.

Fonte: NerdWEB