Sempre que se fala de Governança Corporativa e sua implementação em pequenas e médias empresas, questiona-se a sua eficácia, especialmente no que tange à relação custo-benefício. No entanto, boa parte dessas empresas praticam o que se chama de “Governança Espontânea” e, não necessariamente, identificam seus benefícios.
O objetivo da governança corporativa é facilitar uma gestão eficaz, empreendedora e prudente, que possa proporcionar o sucesso de longo prazo para uma empresa. Trata-se de um importante instrumento para compreender, questionar e aprimorar os processos e condutas das organizações. A preocupação da Governança Corporativa é, portanto, criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos administradores esteja sempre alinhado com o melhor interesse da empresa.
A incorporação de boas práticas de governança e gestão é um caminho seguro para que as pequenas e médias empresas trilhem o seu crescimento. Uma arquitetura de Governança Corporativa sólida tende a contribuir decisivamente na sucessão da propriedade ou gestão, na atração de parceiros e investidores ou novos mercados, garantindo assim a sustentabilidade e a preservação de valor.
Sua implementação deve ser gradual e considerar a realidade, tamanho e maturidade de cada organização. É fundamental que se elabore um plano compatível com a realidade financeira e operacional da empresa.
Embora cada empreendedor seja uma pessoa diferente, há algumas características que frequentemente emergem nesses indivíduos: otimismo, autoconfiança, coragem para aceitar riscos, desejo de protagonismo, resiliência e perseverança.
Nesse sentido, é natural que pequenos e médios empresários, ao iniciarem seus negócios, dediquem menor atenção à cultura de processos da empresa, uma vez que estão preocupados com resultados. Por outro lado, é um equívoco considerar que governança é problema apenas de grandes empresas.
Fonte: Administradores